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Editorial

Violência doméstica exige ações de prevenção e combate

O problema crescente envolve a atuação das polícias e da justiça, como também de uma mudança de pensamento na sociedade para evitar os casos

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A violência doméstica e os casos de feminicídios são crimes que precisam cada vez mais de ações do poder público e de toda a sociedade para serem combatidos. Isso porque, entre 2017 e 2022, houve aumento de 37% nos casos de feminicídios no Brasil. De acordo com o 17.º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, sete em cada 10 mulheres foram mortas dentro de suas casas. Em 53,6% dos casos, os assassinos foram seus parceiros íntimos, 19,4% ex-parceiros e 10,7% familiares.

O problema crescente envolve a atuação das polícias e da justiça, como também de uma mudança de pensamento na sociedade para evitar os casos. Ações como a realizada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), que prendeu 596 pessoas em operação nacional de combate à violência contra a mulher, é uma notícia que deve ser divulgada para mostrar que tais crimes devem ser combatidos e os devidos autores responsabilizados.

Iniciativas que visam a prevenção como palestras e orientações em escolas, empresas, igrejas e outros espaços são extremamente válidas para evitar o problema e informar sobre os tipos de violência e os crimes. No entanto, punir os responsáveis e “parceiros”, com base na legislação, enaltece que a lei deve valer e ninguém deve estar acima dela, ainda que a violência contra a mulher muitas vezes seja justificada por alguns cidadãos que ainda não compreenderam onde mora o problema.

Ao longo dos 25 dias, os policiais civis também apreenderam 24 armas e 3.029 munições irregulares. Além disso, 3.155 boletins de ocorrência foram registrados, 4.028 vítimas atendidas e 2.519 medidas protetivas solicitadas ao Poder Judiciário durante a Operação Shamar. Portanto, operações como essa são extremamente necessárias para dar uma resposta para a sociedade sobre esse aumento expressivo dos casos que têm tirado a vida de mulheres em todo o País.

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