Queda na vacinação infantil e a necessidade de proteger a população

O Ministério da Saúde divulgou que o Brasil não alcançou a cobertura vacinal contra o sarampo. Isso significa não só números que estão abaixo do esperado, índices da saúde ou vacinas não aplicadas. Isso significa que há crianças desprotegidas e que podem ser acometidas pela doença. Algo que não há justificativa frente as campanhas de vacinação que ocorreram no País nos últimos meses, aberturas das unidades de saúde em alguns sábados (nos chamados Dia D de mobilização), além da quantidade de informações que há hoje sobre a importância da imunização.

A vacina tríplice viral protege também da caxumba e rubéola. Oportunidades não faltaram para que a cobertura vacinal fosse satisfatória. Somente cerca de 47% das crianças foram vacinadas neste ano contra o sarampo no País. O Brasil passou a registrar, nos últimos anos, o avanço da doença em todo o território nacional devido a baixa na imunização que se observa ano após ano.

O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 mortes causadas pelo sarampo desde 2018, sendo mais da metade em crianças menores de cinco anos. Com base somente nessa análise superficial dos dados, é inadmissível aceitar que crianças ainda são vítimas de uma doença que pode ser totalmente prevenida.

Mas, os pais e responsáveis que ainda não levaram os filhos para tomarem a dose, saibam que ainda dá tempo. Aliás, essa e outras tantas doses preconizadas pelo Programa Nacional de Imunização são disponibilizadas gratuitamente nas unidades de saúde durante todo o ano e não apenas no período das campanhas. Estas servem para ampliar o conhecimento sobre a necessidade das vacinas e fazer um chamamento, mas todo o ano elas chegam nas unidades de saúde nos municípios. É preciso elevar a cobertura vacinal para proteger a população.