Editorial

O enfrentamento à violência contra a mulher

Além disso, há um desafio ainda maior: o de fazer com que a rede de atendimento funcione de forma efetiva.

Com o crescente número de casos de vítimas de violência doméstica e de feminicídio em todo o País, torna-se um grande desafio aos órgãos públicos a implementação de políticas que disponibilizem e apoiem essas mulheres que sobrevivem às agressões. Principalmente, no que diz respeito à prevenção de casos como esses.

Além disso, há um desafio ainda maior: o de fazer com que a rede de atendimento funcione de forma efetiva, melhorando a vida dessas mulheres, fornecendo subsídios para que o ciclo de violência seja quebrado. Para mudar esta realidade, é imprescindível uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, para que a Polícia Civil possa agir de forma particular a esta questão, com profissionais habilitados para receber a denúncia e orientar a vítima.

Depois da denúncia, o próximo passo é o acompanhamento psicológico e social a essas mulheres, com orientação jurídica e encaminhamento para serviços médicos. A melhora dessa realidade passa também pela quebra de pensamento de que somente as doenças físicas merecem tratamento.

Muitas mulheres também não têm onde se mudar, caso queiram sair de suas casas, por questões como dependência financeira do parceiro. Por isso, uma Casa Abrigo seria relevante para proteger essa vítima e oferecer o básico para que ela consiga retomar a sua vida.

A rede de proteção também inclui o trabalho do Poder Judiciário que, com  competência cível e criminal, é responsável por processar, julgar e executar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Assim como o trabalho da Defensoria Pública que, infelizmente, não possui mais sede em Paranaguá com a alegação de falta de profissionais.

O enfrentamento à violência contra a mulher passa por várias etapas, é um longo e trabalhoso caminho que envolve a todos: profissionais de diversas áreas, diversos setores da sociedade, serviços governamentais, do terceiro setor e do município. Acima de tudo, cada cidadão deve estar envolvido com a causa para que, finalmente, seja possível mudar um pensamento que tem feito com que muitas mulheres percam sua vida dia após dia.

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