O processo educativo não se restringe apenas à sala de aula. Requer outros inúmeros quesitos, dentre os quais qualificação contínua dos profissionais da área, envolvimento da família nas atividades escolares, materiais e equipamentos adequados e apropriados para estimular a aprendizagem, além de estrutura adequada para que as ações possam fluir de forma agradável e condizente com as necessidades dos estudantes.
Em se tratando da questão da estrutura física das instituições de ensino, neste período de férias escolares, vários reparos e reformas precisam ser realizados para melhor atender aos alunos em seus retornos às atividades educativas.
Um projeto que vem contribuindo para isso é o "Mãos Amigas", o qual consiste na utilização de apenados do Sistema Penitenciário semiaberto para execução de serviços de manutenção, conservação e reparos de unidades escolares e de imóveis do patrimônio público, conferindo-lhes oportunidade de participação ativa junto à sociedade.
O projeto funciona desde setembro de 2012, e várias obras já foram realizadas pelos apenados e diversas estão em andamento ou previstas. Os objetivos são pautados em fornecer benefícios à população e, em contrapartida, uma maneira de, por meio da utilização da mão de obra dos presos, buscar um meio de ressocializar o apenado, dando-lhe uma possibilidade de se reintegrar à sociedade e ter uma redução na pena.
Como se pode ver em matéria veiculada nesta edição da Folha do Litoral News, Paranaguá está no rol de municípios atendidos pelo "Mãos Amigas" e a Escola Faria Sobrinho será a próxima contemplada com a mão de obra dos apenados.
Assim, o que se tem é uma forma eficaz de ocupar o tempo daqueles que estão em processo de reintegração à sociedade e pagando por algum erro cometido no passado. É indiscutível que é necessário fornecer formas de fazer com que o preso não fique o tempo todo desocupado, é necessário trabalhar ou estudar e ter conquistas de benefícios em prol do incentivo a boas práticas.
