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Editorial

Injúria racial no meio esportivo

Os casos de injúria racial tem sido frequentes no meio esportivo. Espaços onde deveriam predominar o lazer, a competição sadia e bons exemplos para torcedores e suas famílias, o que se tem visto são ofensas a atletas

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Infelizmente, os casos de injúria racial tem sido frequentes no meio esportivo. Espaços onde deveriam predominar o lazer, a competição sadia e bons exemplos para torcedores e suas famílias, o que se tem visto são ofensas a atletas. Recentemente, o jogador de futebol Vini Jr. foi alvo de ofensas e recebeu apoio de todo o mundo. No último fim de semana, uma atleta de vôlei de Paranaguá denunciou as ofensas em Campo Largo. No caso, um homem foi preso em flagrante por suspeita de cometer injúria racial em uma partida dos Jogos Abertos do Paraná. 

Tais acontecimentos são registrados com maior frequência desde 2019, quando o Observatório da Discriminação Racial, entidade dedicada a pesquisar e discutir o tema, registrou 47 casos no País até novembro. Especialistas afirmam que a questão está ligada a problemas estruturais da sociedade brasileira. 

Uma forma de reduzir e acabar com os casos é compreender que a luta contra o racismo deve ser de toda a sociedade, de todas as raças, de todas as classes sociais. Tais casos no meio esportivo são lamentáveis, pois mostram que ainda há muito para se evoluir no combate a discriminação racial, mesmo que a prática seja considerada crime. 

No entanto, também é uma oportunidade do tema ser levado às escolas, universidades, ser discutido em grupos de amigos, na família, no trabalho. Desta forma, será possível provocar a mudança. Não se pode mais dar espaço para que novos casos de injúria racial sejam registrados, nem no esporte, nem em outros meios. Para isso é preciso uma mobilização de toda a sociedade para debater o tema e das instituições esportivas para realização de campanhas, além de apoiar os jogadores e investir em outros meios para combater o preconceito.

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