Avaliar adequadamente a educação em todos os níveis é uma maneira eficaz de buscar melhorias para a área e, consequentemente, pensar em aspectos capazes de proporcionar mais qualidade à forma como estão sendo tratados os processos relativos à aprendizagem.
O Brasil, indiscutivelmente, carece de atenção aos princípios educacionais, tendo em vista dados divulgados que atestam que há no País cerca de 13 milhões de analfabetos funcionais. Este tipo de analfabetismo refere-se à incapacidade de compreender textos e operações matemáticas simples e de organizar as próprias ideias para expressar, por exemplo, uma argumentação, ou seja, um analfabeto funcional não é necessariamente uma pessoa que não saiba ler nem escrever, mas sim um indivíduo que tenha dificuldades para se comunicar.
Para que este triste quadro brasileiro seja alterado, faz-se necessário analisar e avaliar a educação em diferentes níveis, sobretudo, na educação básica. Daí a importância do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o qual foi alvo nesta semana de polêmica em virtude de um adiamento nas provas, que passariam, de acordo com divulgação do Ministério da Educação, a serem índice para pautar as mudanças na educação apenas em 2021. Isso representaria uma certa estagnação no desenvolvimento da área e um prejuízo aos estudantes e toda a população brasileira, pois a avaliação dos métodos e sistemas de educação, além, é claro, da qualidade, deve ser contínua e levada a sério.
Educação não é brincadeira. É um fator de construção e modificação da realidade atual do País. Investimentos são necessários e a identificação dos principais pontos a serem melhores discutidos e trabalhados é fundamental para se ter um bom alicerce e efetivamente a educação surja como libertadora e capaz de contribuir para transformar as pessoas em cidadãos críticos e participativos na reconstrução de um País mais igualitário e justo, no qual todos tenham seus direitos respeitados.