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Editorial

Duas doenças para combater

Talvez o maior inimigo seja ainda a falta de conscientização

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No período epidemiológico de 2015 a 2016, o litoral do Paraná sofreu com a epidemia de dengue. Muitas pessoas foram infectadas, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Paranaguá, ficou por dias lotada de pacientes e muitas mortes foram registradas. Naquele período, as ações foram intensificadas, com remoção de entulhos, limpeza de terrenos baldios e mutirões de combate ao mosquito transmissor, buscando o envolvimento das comunidades.

Nos últimos anos, os casos continuaram sendo registrados, porém em menores proporções. A dengue deixou de ser assunto nas conversas e a mudança de comportamento com relação ao lixo, tão necessária, não foi concretizada. O reflexo é o cenário que se observa hoje.

Em um ano em que os olhos estão todos voltados para a pandemia de Coronavírus, a dengue volta com força, totalizando mais de 128 mil casos no Paraná, de julho de 2019 a 22 de abril de 2020. A grande diferença entre as duas doenças que assolam a população é a forma de combate. Uma tem um inimigo invisível e as armas que existem para enfrentá-lo é o isolamento social, além da higienização frequente das mãos e o uso de máscaras. Já a outra tem como inimigo o Aedes aegypti, no qual todos já sabem como combater com medidas simples que já deveriam ser um hábito cotidiano.

Todos os esforços que tem como foco a saúde coletiva para controle de epidemias e pandemias servem para deixar um ensinamento para a sociedade. A dengue é prova de que nenhuma doença desse tipo pode ser combatida de forma isolada por um indivíduo ou somente pelas autoridades de saúde. Talvez o maior inimigo seja ainda a falta de conscientização. Cabe a todos colaborar de alguma forma, só assim será possível enfrentar essas duas batalhas.

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