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Editorial

Comunicação inclusiva passa pela reflexão da sociedade

O conhecimento e a informação estão evoluindo e exigem da sociedade um entendimento sobre práticas e expressões que devem ser evitadas. A mudança não ocorre do dia para a noite, mas há sempre que começar de alguma forma

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Algumas expressões utilizadas no dia a dia por gerações podem ser consideradas preconceituosas ou capacitistas e, por isso, devem ser extintas do vocabulário. A exemplo do que a Folha do Litoral News trouxe recentemente na série Racismo Não, com expressões racistas que não devem mais ser utilizadas, os termos capacitistas também devem ser evitados. O capacitismo é uma forma de preconceito contra pessoas com deficiência, que envolve uma preconcepção sobre as capacidades que elas têm ou não devido a uma deficiência, e geralmente reduz uma pessoa a essa deficiência. 

O capacitismo é considerado algo estrutural na sociedade brasileira, presente nas práticas cotidianas. Entre elas, presumir que uma pessoa com deficiência seja incapaz de realizar qualquer atividade que as ditas pessoas normais realizam. Ou mesmo utilizar termos como “mancada”, “João sem braço” entre outras.

Por isso, é importante incentivar a comunicação inclusiva, especialmente pelos meios de comunicação, para que a informação seja compreendida e partilhada por todos, independente de escolaridade, identidade e experiências. No primeiro momento, mencionar que tais termos já tão enraizados na sociedade devem ser evitados, pode causar estranheza, mas com um olhar mais atento se vê que faz sentido, além de ser uma forma de lutar contra os preconceitos. É preciso que a população esteja aberta a reflexão e disposta a dar voz e visibilidade às pessoas com deficiência.

O conhecimento e a informação estão evoluindo e exigem da sociedade um entendimento sobre práticas e expressões que devem ser evitadas. A mudança não ocorre do dia para a noite, mas há sempre que começar de alguma forma.

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