Acolhimento institucional de crianças e adolescentes e o enfrentamento às violências

Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que das 30 mil crianças em acolhimento em instituições no Brasil, cerca de 30% têm até seis anos de idade. Ou seja, na primeira infância. Um dos pontos considerados positivos dessa mesma pesquisa é que houve ampliação das leis estaduais e municipais que tratam das Famílias Acolhedoras, um programa que tem se estendido em todo o País que possibilita que crianças e adolescentes acolhidos possam ter a chance de convivência familiar enquanto esperam por adoção ou sejam restituídos para as famílias de origem. 

Em matéria na edição de hoje da Folha do Litoral News, é possível perceber que Paranaguá tem avançado no desenvolvimento do programa Família Acolhedora e no serviço de acolhimento. Já que 14 crianças integram o programa atualmente.

As pesquisas e a fila de adoção revelam uma realidade e faz refletir sobre os vários motivos que levam crianças e adolescentes a serem separados de seus pais ou responsáveis. Motivos esses que merecem atenção quanto ao trabalho de combate, por exemplo, das violências, da dependência química dos pais e da situação de rua que impossibilita que os menores tenham direitos mínimos previstos na legislação.

Portanto, o tema do acolhimento familiar também chama a atenção para os problemas sociais envolvidos que merecem atenção das autoridades e da sociedade para que sejam enfrentados e para que as políticas públicas possam evitar tais situações que levam as crianças e adolescentes à destituição do poder familiar. Desta forma, o enfrentamento às violências, tratado na campanha Maio Laranja, que chega ao fim, deve continuar durante todo o ano para levar conscientização e contribuir com parte da mudança dessa realidade que atinge crianças e adolescentes.