A violência doméstica é um fator a ser constantemente pensado, refletido e discutido no meio social, a fim de que haja mais conscientização entre as pessoas para que os números sofram reduções drásticas, tendo em vista o combate contínuo a esses atos violentos que trazem consigo um grande poder de destruição.
Ambientes desestruturados, medo e sofrimento entre as paredes de um local que era para representar força, paz, união e compreensão. Todos precisam de um lar, o qual requer atributos capazes de nos reconstruir das empreitadas da vida, onde há acolhimento, onde se tenha a liberdade de expressar seus sentimentos sem medo de recriminações ou retaliações. Um lar é abrigo, porto seguro, para onde sempre se quer voltar. Um lar é espaço de boas construções e lembranças saudáveis.
No entanto, muitos locais que eram para servir de lar estão para tantas mulheres e crianças como uma prisão, ou mesmo um local de torturas e violências, as quais podem ser físicas ou psicológicas.
Estupros, espancamentos, surras, tapas, assassinatos… tais fatores não condizem com a estrutura de um lar, mas acontecem nas casas espalhadas por todos os municípios. Muitos atos de violência não são punidos, ficam enclausurados no eterno calar das vítimas, as quais se sentem fracas, humilhadas, amedrontadas em quadros que, muitas vezes, podem evoluir para um feminicídio.
Em virtude disso, é imprescindível que atos violentos sejam comunicados às autoridades policiais para que tenham a punição e combate adequados. É importante que denúncias sejam feitas, que a comunidade seja a voz de muitas vítimas que se sentem impotentes e de mãos atadas. É preciso que um cidadão seja o fiscal e o vigilante atento de atitudes que venham de encontro com a civilidade e firam os direitos humanos.
Que os cidadãos sejam a voz de um injustiçado, de alguém que chora em virtude da violência e estes atos parem de destruir tantas infâncias, sonhos, projetos e vidas…