A palavra “comunicação” deriva do latim “communicare” e significa “partilhar, participar de algo, tornar comum”. Desta forma, torna-se um artifício essencial para a interação social humana. Com o advento da tecnologia e posterior criação das redes sociais, as informações chegam em grande quantidade e com muita agilidade para todos os cidadãos. O problema está na divulgação dessas informações.
As redes, e mesmo alguns veículos de comunicação, estão cheios de pessoas querendo o famoso “furo” de reportagem. Esta geração, com o avanço mencionado anteriormente, julga necessária a rapidez na divulgação dos fatos. No entanto, na mesma velocidade que elas atingem o receptor, também resultam em um impacto em sua maioria, negativo, na sociedade.
A palavra escrita, e mesmo as imagens reproduzidas capturam a atenção pela forma como são divulgadas. Um exemplo disso são as fotos e vídeos de homicídios que circulam sem nenhum tipo de responsabilidade ou respeito. Há fatos que podem repercutir de maneira muito negativa na vida de outras pessoas. Vale lembrar sobre as “fake news”, que levam textos inverídicos ou mal apurados, sem nenhuma base em fontes oficiais. Em outros casos, há notícias verdadeiras, mas a forma com que são abordadas expõem pessoas e situações que distorcem a realidade.
Diante disso, há ainda mais responsabilidades na forma de comunicar. Esse tipo de “notícia” não deve levar ao descrédito do jornalismo. Para isso, cabe aos leitores filtrarem o que recebem e exigir um conteúdo de qualidade. A instantaneidade das informações não garante que elas sejam verdadeiras e que estejam dentro do que está estabelecido na legislação, sem danos aos envolvidos.
Na edição de hoje, a Folha do Litoral News traz uma reportagem ressaltando a responsabilidade social deste veículo de comunicação tanto no online, como no offline. Se escrever exige uma grande dose de responsabilidade, ler também exige.
E os leitores estão cada vez mais atentos ao conteúdo que lhes é oferecido, procurando cada vez mais fontes confiáveis para verificar se a notícia é verdadeira ou não. Uma comunicação transformadora, que realmente contribua e exerça o seu papel, passa pela exigência e seletividade dos veículos de comunicação e também dos leitores.
