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Direito & Justiça

Vereador denuncia possíveis demissões abusivas pela Viação Rocio

Adalberto Araújo afirma que convocará empresa a prestar esclarecimentos

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Vereador denuncia possíveis demissões abusivas pela Viação Rocio

Na última semana, o vereador de Paranaguá, Adalberto Araújo (MDB) divulgou em suas redes sociais e repercutiu na Câmara Municipal uma denúncia de possíveis demissões de empregados da Viação Rocio que participaram do movimento de greve. As demissões teriam ocorrido poucas semanas após a aprovação do subsídio à concessionária do transporte coletivo municipal de Paranaguá. O legislador irá protocolar requerimento junto ao Plenário da Câmara pedindo a convocação da diretora-executiva da Viação Rocio, Rebeca Golin, para prestar esclarecimentos sobre o assunto, algo que ainda será votado e discutido no Plenário do Palácio Carijó.

“Acompanhei de perto as motivações da greve, quando pude conhecer a história sofrida de alguns empregados da empresa. Foi através deles que tomei conhecimento da dispensa de pelo menos três colaboradores, e por suposta justa causa, aquele tipo de demissão em que o trabalhador sai com uma mão na frente e outra atrás”, afirma o vereador. 

Empresa foi denunciada pelo vereador em sessão da Câmara e em "live" nas redes sociais
Empresa foi denunciada pelo vereador em sessão da Câmara e em “live” nas redes sociais

Segundo ele, há a necessidade de saber o que motivou essas supostas demissões por justa causa na empresa. “Segundo informações, dois dos três demitidos teriam encabeçado a greve. A greve era legítima, eles queriam receber salários e outras verbas atrasadas. Demitir essas pessoas por justa causa é desumano, é cruel”, ressalta Araújo.

O vereador afirma que usou as redes sociais para denunciar a situação no dia 12 de março, momento em que apontou que iria cobrar justificativa da Viação Rocio para as demissões.

Trabalhadores da Viação protestaram em greve por pagamento salarial em Paranaguá

“E penso que se as demissões não forem revertidas, a Câmara de Vereadores precisará rever a lei que autorizou o pagamento de subsídio (dinheiro público), para ajudar a empresa neste período de pandemia. No mínimo, tem de haver essa contrapartida social pela concessionária, manter os postos de trabalho. Aliás, cheguei a fazer uma emenda no respectivo projeto da prefeitura que autorizava esse subsídio de R$ 2,5 milhões para a empresa, em que a liberação seria condicionada, dentre outros, à manutenção dos empregos”, informa, destacando que a emenda foi rejeitada e que há a necessidade de ouvir a empresa e, no caso, de não haver sensibilidade “a Casa precisa rever esse subsídio”, finaliza.

MPT e Viação Rocio

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da sua assessoria, “não há registros ou denúncias no MPT sobre o tema”, informa, sobre questão das demissões da Viação Rocio, destacando ainda que está à disposição para recebimento de conteúdos denunciosos.

A Folha do Litoral News entrou em contato com a Viação Rocio pelos seus meios de contato, entretanto, até o fechamento desta edição não havia recebido um retorno sobre as denúncias em questão. A Folha do Litoral News ressalta que deixa espaço à disposição para a empresa se pronunciar.

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