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Trabalho

Trabalhadores da Viação Rocio fazem manifestações pelas ruas de Paranaguá

Trabalhadores percorreram vários pontos centrais da cidade

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Trabalhadores da Viação Rocio fazem manifestações pelas ruas de Paranaguá

Os trabalhadores da empresa Viação Rocio, os quais estão em greve há 16 dias, realizaram na sexta-feira, 29, manifestações em vários pontos da cidade, clamando pelo pagamento de salários atrasados.

O presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Paranaguá (Sindicap), Josiel Veiga, falou sobre a situação dos trabalhadores.

“A situação já passou de complicada para terrível, pois os funcionários saem para trabalhar nos ônibus sem dinheiro no bolso, esse é o pior problema. Não estamos brigando pelo aumento de salário, estamos brigando pelos direitos que a empresa praticamente ‘retirou’, vamos dizer assim, por que o pagamento do que já trabalhamos não foi feito, dizem que não têm dinheiro. Hoje, pela manhã, às 10h, fizemos uma assembleia com os trabalhadores, quando foi falado que a empresa veio com uma proposta, e a proposta foi que eles não têm dinheiro. Então, os trabalhadores decidiram: se não tem dinheiro, continua a greve”, enfatiza o presidente do Sindicap, explicando que já existem trabalhadores passando necessidades por falta de pagamento. 

Presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Paranaguá (Sindicap), Josiel Veiga, e o advogado Dr. Elevir Dionysio Neto, representante jurídico dos trabalhadores

O representante jurídico do Sindicap, o advogado Dr. Elevir Dionysio Neto, por delegação do presidente da Fetropar, explicou algumas vertentes do movimento grevista. “O poder judiciário não tem um braço tão longo, infelizmente, nós já fizemos uma pesquisa e os veículos da empresa estão todos bloqueados por ordem judicial proveniente da Vara Federal de Curitiba, este imóvel não pertence a eles e as contas estão zeradas. Então, estamos trabalhando com a força da greve para que haja esse pagamento. Estamos recebendo um apoio valoroso da população e também da imprensa. Juridicamente, os próximos passos irão acontecer depois do movimento de greve, pois eles têm muitas horas por receber e, basicamente, não têm interesse em trabalhar em uma empresa que não cumpre as suas obrigações, portanto os contratos devem ser rescindidos judicialmente”, externa Dr. Elevir, explicando que “a greve acabará a hora que a empresa efetuar o pagamento dos salários de dezembro e janeiro, com vencimento na próxima semana. Os trabalhadores estão determinados e com uma força bonita, pois todos mantêm a racionalidade e a pacificação, mas lutam pelos direitos de forma irrevogável, rigorosamente dentro dos estritos termos legais”, completa.  

A reportagem da Folha do Litoral News tentou contato com a concessionária do transporte público, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Nota oficial

Em nota oficial, a Prefeitura de Paranaguá informa que “está realizando auditoria na Viação Rocio, visando a esclarecer a real situação da empresa a fim de embasar a decisão em relação ao transporte público na cidade que entende que deve ser de qualidade e com preço justo e acessível à população. É importante esclarecer que o episódio da greve deve ser solucionado entre empresa e funcionários, cabendo ao Poder Público tomar atitudes que visam a minimizar os impactos à população, com a disponibilização de veículos alternativos para atender à demanda de passageiros e a fiscalização para a garantia da frota mínima operando no município, conforme determina a Lei da Greve”.

Leia também: Trabalhadores da Viação Rocio seguem em greve por tempo indeterminado

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