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Cultura

Artistas mantêm produção em alta durante a pandemia

Pintores e restauradores superam a crise com criatividade

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Apesar do fechamento dos espaços culturais, em virtude da pandemia provocada pela Covid-19, pintores e escultores não tiveram alterações nas vendas. Um dos motivos se deve ao fato de o isolamento social ter impulsionado o segmento de decorações de interiores.

Quem afirma é o artista plástico Dimanche Koslosk, o qual pinta telas com pontos turísticos de Paranaguá há mais de 40 anos. “Por incrível que possa parecer minhas vendas estão muito boas. A pandemia não afetou em nada, pelo contrário, melhorou. As pessoas passaram a ficar mais em casa e resolveram decorar seus ambientes. Na semana passada concluí uma pintura de parede com dez metros de comprimento por 2.80 de altura. Pintei juntamente com o Deocir Gomes e podemos dizer que é o segundo maior em Paranaguá, só perde para o mural do Porto”, explica. O painel, que passa a integrar o rol dos monumentos artísticos de Paranaguá, foi pintado dentro de uma pizzaria na Vila Paranaguá.  

Quem também destaca que a procura pelos artigos de artesanato aumentaram é Aurimar Morais da Silva (Kareka). Ele possui mais de 30 anos de atividades ligadas ao entalhe em madeira, transforma velhos troncos de árvores em belas obras de arte, faz móveis rústicos e restaurações. 

“Para mim está muito bem, mesmo com a pandemia porque eu peguei uns trabalhos lá da Ilha do Mel e eles estão trazendo tudo para mim aqui. Tenho também muitas encomendas de Pontal do Paraná para estabelecimentos comerciais e residências. Estou bem, graças a Deus, eu não posso reclamar, pois estou trabalhando muito. Estou fazendo um totem com uma casa lá de Encantadas e também um portal que eu vou fazer para o balneário Majore e estou atendendo todo o litoral e Curitiba. Só posso dizer que Deus não abandona seus filhos”, conta o artista, o qual atualmente está residindo em Pontal do Paraná. 

Aurimar tem realizado trabalhos para o litoral e Curitiba

Já o artista e restaurador, Diogo Alves, vem buscando novas formas de trabalho e venda. “No final do ano passado estava fazendo um trabalho para uma pousada da Ilha do Mel que se estenderia até março, mas com a pandemia acabou sendo cancelado. Eu tive um pouco de sorte porque antes disso participei de um evento do SEBRAE, na Aciap, onde mostrei meu trabalho para algumas empresas e agora elas estão entrando em contato. Estou tendo condição de me recuperar agora e um dos motivos foi a criação de uma loja virtual. Antes estava dando aulas de artes em meu ateliê, mas infelizmente agora não está sendo possível. Em contrapartida, tenho recebido alguns pedidos para restauro, e assim a gente vai levando dessa forma esperando que as coisas melhorem. Em virtude da pandemia, a gente buscou novas formas de trabalho e novas formas de vender, mostrando nosso trabalho da maneira como as coisas estão acontecendo”, explica o artista.

Ateliê galeria Diogo Alves

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