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Coronavírus

Riscos de gravidade à saúde das crianças reforçam necessidade de vacinação contra a Covid-19

Perigos de síndrome grave e disseminação do vírus podem ocorrer com crianças

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Foto: Freepik

Na última semana, o Instituto Butantan, uma das principais entidades científicas do Brasil e do mundo, emitiu um comunicado reforçando a importância da vacinação de crianças contra a Covid-19, bem como alertando pais e responsáveis quanto aos riscos que os filhos acabam expostos à vida e à saúde caso se contaminem com a doença. Outro ponto trazido pela entidade é que a imunização deste público também reduz a disseminação do Coronavírus, visto que as crianças podem ser vetores da enfermidade, algo que inclusive pode facilitar o surgimento de novas variantes.

“Pesquisas já demonstraram que crianças infectadas podem desenvolver a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, manifestação grave da Covid-19 que pode levar à hospitalização e causar sequelas”, informa a assessoria. De acordo com a infectologista Natasha Ferreira, do Hospital Estadual de Serrana, a vacinação da população pediátrica também frea o avanço do vírus na sociedade. “É um risco manter um número tão grande da nossa população não imunizada”, alerta. 

“As crianças e adolescentes, além de estarem expostos, passam a ser vetores. E quanto mais o vírus se espalha, mesmo em casos leves, maior a chance de surgirem mutações e outras variantes, que talvez sejam resistentes às vacinas”, afirma Ferreira. Segundo ela, a imunização deste público deve ser priorizada, diante desses riscos.“Precisamos começar a vacinar crianças o mais rápido possível para garantir a segurança de todos nós”, completa.

Síndrome grave

Segundo o Instituto Butantan, cerca de 1.400 crianças foram diagnosticadas com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-CoV-2 desde o começo da pandemia no Brasil. “A doença é rara, mas grave: nela, crianças com Covid-19 desenvolvem uma inflamação que afeta diferentes órgãos do corpo. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), crianças com essa condição precisam de cuidados especializados e podem precisar ser internadas em cuidados intensivos”, detalha, reforçando a urgência na vacinação de crianças contra o Coronavírus.

“Ainda não temos antecedentes suficientes para saber se as novas variantes como a ômicron podem causar enfermidades mais graves nas crianças, mas elas também se infectam, transmitem e podem desenvolver doenças muito severas, como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica”, ressalta a professora da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Susan Bueno. Segundo ela, o Chile autorizou a vacinação de crianças de seis a 11 anos em setembro de 2021, ampliando para a faixa etária a partir dos três anos em novembro do ano passado, sendo que antes disso já imunizou adolescentes de 12 anos ou mais, algo que ocasionou uma queda nos casos de Coronavírus. 

“Com a vacinação de 12 a 17 anos houve uma diminuição importante tanto de casos assintomáticos quanto severos da doença e, agora que teve início desde os três anos, confiamos também na redução”, informa Susan.

Com informações do Instituto Butantan

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