A pandemia da Covid-19 chegou à situação mais crítica no litoral do Paraná. O médico João Felipe Zattar Aurichio, atuante em Paranaguá, destacou o pior momento pandêmico no município, bem como alertou que o período é de contaminação e morte de pessoas mais jovens, assim como de idosos e pessoas com comorbidades. O médico alertou com relação à exaustão dele e de todos os profissionais da saúde que estão atuando há cerca de um ano no enfrentamento ao Coronavírus, pedindo que a população respeite mais do que nunca as medidas preventivas com relação à doença.
Segundo o médico, este é o pior momento já vivido desde o início da pandemia em Paranaguá. “Estamos vendo um aumento no número de novos de contaminados, internados, reiinfectados e óbitos. E, além disso, uma mudança notável da gravidade em uma faixa etária mais jovem da população. Resultado disso: pessoas jovens, sem fatores de risco, morrendo como não imaginávamos”, destaca.
“O fato é que muitos perderam o medo do vírus. No entanto, estamos diante de novas variantes do Coronavírus, as quais transmitem mais, mais rápido e com uma chance maior de gravidade. Isso é soma perfeita para ter a explosão que estamos vivenciando. Portanto, o que você acha? Mais do nunca, as medidas de prevenção e restrição são importantes”, observa o médico.
Ainda sobre a mudança da faixa etária de contaminados para pessoas mais jovens, bem como de casos mais graves, o médico afirma que o motivo deste crescimento ainda será definido cientificamente. “Se isso se deve às novas variantes, somente os estudos observacionais e retrospectivos de análise que nos dirão. Mas é claro, que há uma chance enorme delas auxiliarem para que isso ocorra”, detalha.
O médico reforça mais uma vez que a população respeite as medidas que estão sendo divulgadas desde o início da pandemia, entre elas o distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos. “Eu estou muito cansado. Meus colegas médicos, enfermeiros, técnicos e equipes de saúde estão muito cansados. Não adianta criar mais leitos, respiradores, oxigênio. Não temos mais pessoas para atender tanto infectado. O avanço do número de casos é maior do que podemos humanamente aguentar. Faça a sua parte, por favor”, finaliza João Zattar.
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