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Coronavírus

Guaratuba fará “lockdown” a partir de sexta-feira para conter pandemia

Serviços não-essenciais, supermercados, restaurantes, postos de gasolina e delivery ficarão fechados. Medida durará 77 horas (Foto: Prefeitura de Guaratuba)

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Guaratuba fará "lockdown" a partir de sexta-feira para conter pandemia

No último mês, 38 mortes por Covid-19 aconteceram no município, mais do que durante todo o ano de 2020

A partir das 0h da sexta-feira, 19, até às 5h da segunda-feira, 22, Guaratuba adotará um fechamento total das atividades, ou seja, um “lockdown”, com o foco de conter o avanço da pandemia da Covid-19 em Guaratuba. Segundo o município, nos últimos 33 dias, houve 1.079 casos da doença e 38 mortes decorrentes, sendo que durante todo o ano de 2020, o número contabilizado foi de 34 óbitos e 1.413 registros, algo que demonstra o descontrole da pandemia nas últimas semanas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Roberto Justus explicou que haverá o Decreto N.º 23.786/2021 determina fechamento total de atividades não-essenciais, supermercados, restaurantes, postos de gasolina e serviços de delivery durante 77 horas, algo que se soma às medidas restritivas já adotadas, com barreiras sanitárias e fechamento da orla da praia. 

“Além do decreto que estabeleceu barreiras impedindo pessoas que não são moradores e que não venham a trabalho entrem na nossa cidade, além dos dois decretos que temos regulando e restringindo bastante a atividade comercial na nossa cidade, em especial aqueles não-essenciais, eu estou assinando e publicando hoje um novo decreto que estabelece lockdown na nossa cidade para o período de sexta, sábado e domingo. O lockdown começa na quinta-feira, 18, às 0h, e termina na segunda-feira, às 5h da manhã. É um lockdown para valer, vamos fechar inclusive os serviços essenciais, permitindo apenas as atividades de segurança privada, táxi e transporte por aplicativo e o comércio de medicamentos

“Fecha restaurante, supermercado, posto de gasolina, inclusive em relação à serviços de delivery. Estamos também proibindo a circulação de pessoas na nossa cidade, exceto para compra de medicamentos, busca de atendimento médico, embarque e desembarque na rodoviária e as necessidades inadiáveis, que são aquelas que se não fizer, não acontecer, oferecem risco à saúde e à segurança das pessoas, dos animais e do nosso patrimônio”, explica o gestor.

38 mortes por Covid-19 em 30 dias

Segundo Justus, a medida é dura e acontece após um ano do primeiro decreto assinado por ele com relação à pandemia em Guaratuba. “Quero dizer que isso acontece no momento mais crítico da nossa saúde. Para se ter uma ideia, no ano passado nós tivemos 31 óbitos, apenas nos últimos 30 dias nós atingimos a marca de 38 mortos na nossa cidade”, alerta.

"Estamos também proibindo a circulação de pessoas na nossa cidade, exceto para compra de medicamentos, busca de atendimento médico, embarque e desembarque na rodoviária e as necessidades inadiáveis", afirma Justus (Foto: Divulgação/Facebook)
“Estamos também proibindo a circulação de pessoas na nossa cidade, exceto para compra de medicamentos, busca de atendimento médico, embarque e desembarque na rodoviária e as necessidades inadiáveis”, afirma Justus (Foto: Divulgação/Facebook)

Fazendo um balanço da atuação do município desde o início da pandemia, o prefeito afirma que as ações adotadas até hoje foram corretas, mas “por conta da nova cepa, do grande fluxo de pessoas que veio para nossa cidade no período de verão e também por conta da irresponsabilidade de  algumas pessoas que insistem em fazer festas clandestinas e aglomerações em suas casas, estes números chegam neste patamar que talvez a gente nem imaginasse a um ano atrás”, completa.

Momento crítico

“Neste momento precisamos tomar coragem e fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance. Em momento algum eu, nossos secretários, servidores e vereadores, o Poder Público como um todo, se furtou a fazer aquilo que era devido. Vamos continuar fazendo desta forma”, salienta.

“Lamento muito da forma mais profunda possível todos os óbitos. Lamento muito o sofrimento das pessoas que ficaram com sequelas. Lamento muito o sofrimento das famílias desesperadas por vagas em leitos de UTI, Enfermaria, desesperadas por uma vaga em um leito com respirador. Lamento muito os prejuízos econômicos que estamos sofrendo. Lamento muito a falta de vacinas na quantidade que poderíamos ter. Peço a Deus que nos abençoe, nos protegendo e nos livrando desta peste o mais rápido possível”, finaliza Roberto Justus.

O novo decreto na íntegra pode ser acessado abaixo: 

Leia também: Barreira sanitária realizada na BR-277 é desativada

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