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Coronavírus

Fiocruz aponta tendência de melhora na ocupação de UTIs para Covid-19 no Brasil

Paraná consta na zona de alerta intermediário com 71% de ocupação

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Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Na terça-feira, 15, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou mais um indicativo de que a situação da pandemia está melhorando no País, apesar de ainda exigir cautela. Segundo Nota Técnica divulgada pelo Observatório Covid-19 Fiocruz, taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pessoas adultas no Sistema Único de Saúde (SUS), pela primeira vez em 2022, apresentam uma tendência de melhora no índice. Para a fundação, o avanço na vacinação contra o Coronavírus no Brasil foi essencial para controle dos índices de internações e mortes devido à doença. 

Segundo a Fiocruz, o boletim observou a situação até o dia 14 de fevereiro. “Das nove Unidades Federativas que se encontravam na zona crítica (taxas iguais ou superiores a 80%) na semana anterior, somente quatro permaneceram – Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal –, enquanto as outras cinco passaram para a zona de alerta intermediário (taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%) – Tocantins, Piauí, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás. Além disso, Amapá e Ceará, que estavam na zona de alerta intermediário, saíram da zona de alerta”, detalha a assessoria.

“Os pesquisadores observam que embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, o enfraquecimento da grande onda de casos provocada pela Ômicron, sentida em dados epidemiológicos, está começando a se refletir na diminuição da ocupação de leitos de UTI”, ressalta a Fiocruz.

Vacinação é essencial para controle pandêmico

De acordo com a Nota Técnica do observatório, os avanços na campanha de vacinação contra a Covid-19 em todo o Brasil “foram fundamentais para impedir números maiores e percentuais de casos críticos e graves, internações e óbitos”, acrescenta. Entretanto, a Fiocruz afirma que não se deve e pode ignorar riscos de reveses, ou seja, possibilidades de descontrole da pandemia, que ainda permanecem.

“É central que se avance ainda mais na campanha de vacinação com políticas e estratégias ativas, para que os adultos não vacinados o façam e que os que tomaram a primeira dose completem o esquema vacinal, além da necessidade de se ampliar rapidamente a cobertura vacinal para crianças”, destacam os cientistas da Fiocruz.

Para a fundação, a imunização “é a arma mais potente que dispomos para o enfrentamento da pandemia”, destaca. “É importante que se concebam campanhas de distribuição de máscaras e conscientização sobre o uso adequado das mesmas, como forma de proteção contra o coronavírus e outros agentes infecciosos”, completa a assessoria.

Paraná e Curitiba

Segundo a Fiocruz, em quinze estados houve queda nas taxas de ocupação em pelo menos cinco pontos percentuais, constando entre eles o Pará (79% para 63%), Amapá (63% para 44%), Tocantins (81% para 64%), Piauí (87% para 77%), Ceará (73% para 59%), Rio Grande do Norte (89% para 80%), Pernambuco (88% para 81%), Alagoas (69% para 60%), Sergipe (75% para 61%), Espírito Santo (87% para 79%), Rio de Janeiro (59% para 52%), São Paulo (71% para 66%), Mato Grosso do Sul (92% para 85%), Mato Grosso (81% para 72%) e Goiás (80% para 72%). 

No contexto paranaense, bem como de outros sete estados do Brasil, houve crescimento da ocupação. “Houve acréscimo de leitos no Piauí (178 para 193), Ceará (444 para 494), Rio Grande do Norte (152 para 167), Pernambuco (1045 para 1056), Sergipe (26 para 54), Paraná (703 para 712), Mato Grosso do Sul (200 para 218) e Goiás (214 para 236)”, completa a Fiocruz.

Em zona de alerta crítico constam Rio Grande do Norte (80%), Pernambuco (81%), Mato Grosso do Sul (85%) e o Distrito Federal (99%). O Paraná, com 71% de ocupação, consta junto com outros 13 estados na zona de alerta intermediário: Rondônia (74%), Acre (63%), Pará (63%), Tocantins (64%), Piauí (77%), Alagoas (60%), Sergipe (61%), Bahia (70%), Espírito Santo (79%), São Paulo (66%), Santa Catarina (71%), Mato Grosso (72%) e Goiás (72%). 

“Oito estados estão fora da zona de alerta: Amazonas (54%), Amapá (44%), Maranhão (47%), Ceará (59%), Paraíba (59%), Minas Gerais (39%), Rio de Janeiro (52%) e Rio Grande do Sul (59%). O último dado disponível para Roraima era de 08 de fevereiro (67%) e foi ignorado, considerando-se a volatilidade do indicador em um cenário de poucos (27) leitos disponíveis”, ressalta a Fiocruz.

Curitiba, com 70% de ocupação, também consta em zona de alerta intermediário junto com as capitais estaduais de Porto Velho (78%), Palmas (65%), Teresina (70%), Fortaleza (70%), Maceió (69%), Salvador (69%), Belo Horizonte (75%), Vitória (78%), São Paulo (64%), Porto Alegre (63%) e Cuiabá (67%).  “Entre as capitais com taxas divulgadas, sete estão na zona de alerta crítico: Rio Branco (80%), Natal (percentual estimado de 84%), João Pessoa (81%), Rio de Janeiro (81%), Campo Grande (91%), Goiânia (82%) e Brasília (99%)”, detalha. Além disso, cinco estados estão fora da zona de alerta: Manaus (54%), Macapá (52%), São Luís (49%), Recife (57%, considerando somente leitos públicos municipais) e Florianópolis (49%). “Belém e Aracajú não têm disponibilizado as suas taxas, e Boa Vista só tinha disponível a taxa de 8 de fevereiro”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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