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Coronavírus

Feirantes driblam a crise para manter a Feira da Lua

Apesar do pouco número de barracas, o público tem prestigiado

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Nas últimas quatro semanas, a Feira da Lua que acontece todas as terças-feiras, na Praça dos Leões, passou a contar com a participação de dez barracas. O número dobrou em setembro em comparação ao mês de agosto quando apenas 4 comerciantes marcavam presença.

Para o vendedor de pães, Robson Silva, o motivo da retomada se deve, principalmente, à segurança que os próprios comerciantes estão passando para seus clientes.  Ele ressalta, ainda, que a Feira é um atrativo para o início da semana, quando as pessoas podem adquirir produtos com preços menores que os encontrados no comércio, além da qualidade.

“Podem vir conhecer nossos produtos, estamos aqui para atendê-los. Hoje, após tantos meses em baixa, podemos dizer que está quase normal, porque o povo já está saindo de casa e o melhor, está se cuidando. Todos usam máscaras e trazem seu próprio álcool em gel. Nós que somos autônomos dependemos dessa circulação de pessoas, por isso agimos da forma correta”, ressalta o comerciante.

Quem também está entusiasmada com o movimento é a feirante Cidre Souza, que mora na Vila São Vicente. “Fico muito feliz ao ver meus colegas de feira retornando. Muitas pessoas pediam pelo pastel que estava sem vir há muito tempo e eu como vendo caldo de cana sei bem dessa combinação entre os produtos, e a falta que o público sentia”, compara ela, que nunca deixou de participar da Feira, até mesmo em dias chuvosos.

Cidre Souza, nunca deixou de participar da Feira, ate mesmo em dias de chuva

A feirante confirma também que as vendas melhoraram bastante se comparadas ao mês de agosto. “Nós trabalhamos com luvas e máscaras, pois queremos oferecer não só produtos aos clientes como também a segurança de que todos necessitam”, explica.

A Feira da Lua existe há seis anos em local aberto e, neste ano, ainda não apresentou aglomeração devido ao reduzido número de participantes. Quando iniciou, em 2014, eram cerca de 60 barracas em toda a praça. Hoje são cerca de 20 e na pandemia não ultrapassa o número de dez barracas.

Quem vai ao local encontra caldos, espetos, verduras, temperos, acarajés, chope artesanal, doces, pães e salgados. A mais nova integrante é a comerciante Rosana da Costa Veiga, que participa da feira há três meses vendendo todo o tipo de temperos caseiros.

Rosana da Costa Veiga estreou na Feira há três meses, em plena pandemia, vendendo temperos caseiros

“Eu comecei a trabalhar aqui em plena pandemia, em junho. Fui corajosa em investir no meu negócio em um momento em que todos estavam retraídos. As pessoas ainda estão conhecendo meus produtos, e eu posso dizer que estou feliz com o resultado”, conta ela que antes vendia em sua casa, no Jardim Ouro Fino.  

O produtor rural Hambrozio Petenusso é o único verdureiro na Feira da Lua. Ele vem semanalmente da colônia para oferecer os produtos que ele mesmo planta e colhe. Ele conta que as vendas estão melhorando também pela época de colheita que atrai um número maior de pessoas.

O produtor rural Hambrozio Petenusso é o único verdureiro na Feira da Lua

Na mesma expectativa está a baiana Mari Souza, que vende acarajé. Residindo há pouco tempo em Paranaguá, ela reforça que tem lutado contra duas crises, de saúde e econômica.  “Além das pessoas não estarem circulando com tanta frequência como antigamente, nós temos ainda que lidar com a alta dos preços. Não está fácil, mas com fé em Deus tudo vai melhorar”, ressalta. 

A baiana Mari Souza vende acarajé e esta conquistando os parnanguaras
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