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Coronavírus

Estudo do Butantan demonstra que pandemia pode ser controlada pela vacina

Avanço da imunização reduziu casos e mortes devido à Covid-19 no Brasil

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O Instituto Butantan divulgou um estudo denominado de “A pandemia e a vacinação no Brasil e no mundo” que demonstrou que a imunização contra a Covid-19 é capaz de controlar a pandemia no País e em todo o planeta. Apesar de os índices pandêmicos estarem atualmente em crescimento em todos os continentes, de acordo com o Butantan, a vacina poderá controlar o Coronavírus, assim como outros imunizantes fizeram com a varíola e a poliomielite no passado, entretanto, é necessário uma vacinação generalizada da população, segundo o que informa o presidente do Butantan, Dimas Covas. 

“Apesar de 4,5 bilhões de pessoas já terem sido vacinadas contra a Covid-19 em todo o mundo, o número de casos e óbitos ainda está em crescimento em todos os continentes, mas estudos indicam que a doença pode ser controlada com a imunização de todas as pessoas”, informa a assessoria da entidade. 

Segundo Dimas Covas, presidente do instituto, que é médico hematologista e professor titular de medicina clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), em apresentação do estudo em vídeo-aula, ele afirma que estudos devem ser contínuos com relação ao vírus e seu avanço. “Estamos aprendendo com a pandemia dia após dia. As pessoas que falaram que a pandemia terminaria em 2021 erraram todas. Em 2021, na realidade, vejo o pior momento e estamos em alta”, afirma o estudioso.

De acordo com o Butantan, em janeiro de 2020, o número de casos cresceu em todo o planeta, com duas grandes ondas de pico posterior em janeiro e maio de 2021. “No Brasil, especificamente, a curva epidêmica foi bastante divergente. Em abril e em junho deste ano, o país viveu o pior momento da pandemia. Com a vacinação, os números de casos e mortes caíram, mas a situação ainda está longe do ideal”, detalha a assessoria.

“São números muito elevados. No dia 8 de agosto, estávamos com uma média móvel, em sete dias, de 32 mil casos diários de infecção e de 940 óbitos”, afirma o presidente. Para Covas, a conclusão do estudo do Butantan é o mesmo de um artigo publicado na revista científica BMJ Global Health, sobre um estudo da Universidade de Otago Wellington, na Nova Zelândia. “Os pesquisadores acreditam que a evolução viral tem seus limites, e que o SARS-CoV-2 vai atingir a capacidade máxima com novas vacinas para enfrentá-lo. De acordo com o estudo, é possível controlar a doença da mesma forma que aconteceu com a varíola e a poliomielite: com a vacinação generalizada”, complementa a assessoria.

De acordo com a pesquisa científica, as doenças são classificadas em pontos como a imunidade concedida por quem foi contaminado, a cobertura e eficácia das vacinas e os investimentos públicos no desenvolvimento de medidas de proteção. “A pontuação ficou em 2,7 para a varíola (erradicada nos anos 1980), 1,6 para a Covid-19 e 1,5 para poliomielite. Ou seja, neste momento, é mais fácil controlar a Covid-19 do que a pólio”, complementa.

O instituto ressalta que mais de 152 milhões de pessoas já foram vacinadas no Brasil, um número que corresponde a cerca de 20% da população. “Mais de 106 milhões de pessoas já tomaram a primeira dose e cerca de 45 milhões tomaram as duas doses ou dose única”, complementa.

“Precisamos evoluir muito nessa cobertura com duas doses para que haja uma proteção maior e possamos chegar à imunidade coletiva”, finaliza Dimas Covas.

Com informações do Instituto Butantan

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