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Coronavírus

Desdém ao distanciamento e à prevenção intensifica aumento de casos da Covid-19 no litoral

Em comparação à semana anterior, entre o dia 12 e 19, houve um crescimento percentual de 137% no número de casos da Covid-19 (Foto: EBC)

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Desdém ao distanciamento e à prevenção intensifica aumento de casos da Covid-19 no litoral

Aglomerações e ausência de máscara contribuem para proliferação do vírus

Nos últimos dias, os informes epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontaram um crescimento do número de casos da Covid-19 no litoral do Paraná. Na última semana, entre os dias 12 a 19 de novembro, o litoral registrou 659 novos casos de Coronavírus e oito mortes em decorrência da doença, número bem maior do que a semana anterior, quando foram contabilizados 277 registros da enfermidade e seis mortes, um aumento de casos de 137% entre as duas semanas. 

Segundo o médico Jonathan Aredes, o crescimento de casos é preocupante. “Infelizmente, são dados estatísticos que não gostaríamos de mostrar ou confirmar quando nos é questionado, mas é uma situação real e preocupante o retorno dos casos quem vêm aumentando no País e em nossa região também. E, na maioria das vezes, está relacionado ao descaso da própria população, que ou já está cansada do isolamento, ou por descuido apenas, acaba deixando de lado os hábitos de prevenção e o distanciamento, facilitando o contágio”, explica.

O médico afirma que é essencial que a população colabore para o controle da pandemia. “É de suma importância a manutenção dos hábitos de prevenção e distanciamento social ainda neste período porque a pandemia nunca foi embora. Tivemos uma breve trégua se compararmos em números absolutos na nossa região ou mesmo no Brasil, mas o fato é que nem nós nem o mundo está livre dos males que ela ainda vem causando para diversas famílias. Todos os cuidados ainda são necessários”, salienta.

Ausência do uso de máscaras

Segundo o médico, com o crescente desrespeito por parte da população ao uso de máscaras nas ruas, bem como com relação à proibição de aglomerações, os próprios cidadãos podem estar criando um problema ainda maior para si mesmos e ao próximo, gerando o aumento de casos. “Sabe-se que nem todos apresentaremos os mesmos sintomas, mas algumas pessoas têm muito mais chances de agravamento da saúde pelas condições que elas já possuem. Então não é justo com estas pessoas que correm mais riscos que descuidemos de nossas saúdes, frequentemos locais com aglomerações ou deixemos de ter hábitos de prevenção básicos e os coloquemos em risco”, reforça.

“Podemos dizer que este afrouxamento de cuidados está relacionado com o aumento dos casos notificados no litoral”, afirma Aredes.

Aglomerações em feriados

“Podemos dizer que este afrouxamento de cuidados está relacionado ao aumento dos casos notificados no litoral”, afirma Aredes (Foto: Divulgação)

O profissional da saúde afirma que os recentes feriados no litoral, com aumento de vinda de turistas e de aglomerações, podem ter gerado um aumento de casos de Covid-19 na região. “A pandemia nunca terminou. Praias lotadas, bares, restaurantes, onde nem todos seguem à risca as orientações quando estão em grupo. O brasileiro por si só é acalorado, precisa do toque para se comunicar. O isolamento e distanciamento social servem para tentar inibir esse contato mais próximo. Mas se não houver a consciência de que aglomerar é perigoso, outras medidas não serão eficazes”, alerta.

Principais sintomas da doença

Segundo o médico, os sintomas da Covid-19 são idênticos ao de um resfriado ou gripe comum. “Pode-se apresentar dor de cabeça, febre, dor de garganta, coriza, dor no corpo e falta de ar. Em alguns casos, perda do paladar ou do olfato e até diarreia. Em um caso de suspeita com sintomas respiratórios, a orientação é buscar atendimento quando houver sintomas mais intensos, como falta de ar intensa, dor de cabeça ou febre alta”, explica.

“Em casa, mantenha a higiene das mãos com álcool em gel, use máscara e mantenha distanciamento das pessoas que moram junto. É indicado o uso apenas de medicamentos para febre ou dor antes de se consultar com um médico”, finaliza Jhonatan Aredes.

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