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Coronavírus

Desafio atual na pandemia é avanço na vacinação de crianças, aponta Fiocruz

Apenas 39,3% das crianças brasileiras de 5 a 11 anos tomaram a primeira dose

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Foto: Prefeitura de Santa Terezinha de Itaipu/Sesa

A Fundação Oswaldo Cruz emitiu mais uma nota técnica do Observatório Covid-19 Fiocruz que, entre outros itens abordando dados diferenciais da cobertura vacinal contra a Covid-19 de acordo com os grupos etários no Brasil, alertou principalmente sobre o índice baixo de imunização de crianças de 5 a 11 anos. Até agora, de acordo com o índice de cobertura vacinal divulgado pela Fiocruz, apenas 39,3% do público infantil do Brasil recebeu a primeira dose da vacina contra o Coronavírus e 4,7% a segunda dose, seguindo dados informados pela Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

Segundo o documento, o nível de cobertura vacinal contra a Covid-19 não é homogêneo entre os grupos etários no País. “Na atual fase o principal desafio é a vacinação das crianças de 5 a 11 anos – grupo que hoje representa 9,5% da população brasileira. Os dados consideram o período entre o início da vacinação na Semana Epidemiológica (SE) 03/2021, iniciada em 17 de janeiro, e na SE 10/2022, encerrada em 12 de março”, acrescenta.

De acordo com a Fiocruz, a imunização contra a Covid-19, que irá completar 14 meses desde seu início, passou por diversas fases na aplicação das doses e foi marcada por ciclos de expansão. O estudo “atribui às fake news a responsabilidade por causar insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos”, detalha. “A Nota Técnica ressalta ainda que o nível de cobertura vacinal é uma importante informação para tornar mais eficientes as estratégias de busca ativa e orientações sobre a aplicação de doses específicas”, acrescenta a fundação.

Adolescentes e adultos

A fundação ressalta que grupos com idade entre 12 a 49 anos são os únicos que possuem cobertura vacinal da dose inicial acima de 90%. “A população de adultos entre 40 e 44 anos possui a menor cobertura dentre os adultos; as idades abaixo de 29 anos são as únicas com cobertura vacinal de esquema completo abaixo de 80% para a segunda dose/dose única. Já o grupo etário entre 35 e 49 anos é o que possui menor cobertura de primeira dose e o de faixa etária de 12 a 17 anos possui cobertura de segunda dose muito menor que o restante dos grupos”, afirma. 

De acordo com a Fiocruz, houve crescimento na velocidade da aplicação da dose de reforço contra o Coronavírus no Brasil, porém, “nenhum grupo etário alcançou, até o momento, o patamar de 80% de vacinados com essa dose – mesmo os idosos, que foram os primeiros elegíveis à aplicação”, detalha. “As internações em leitos clínicos, leitos de UTI e óbitos hospitalares têm cada vez mais concentrado exatamente entre os idosos mais longevos. Desta forma, idosos que não mantém esquema com reforço em dia estão em situação particularmente perigosa, mesmo com o arrefecimento da incidência e mortalidade na população como um todo”, alertam os cientistas no boletim.

Prevenção deve prosseguir

A entidade científica afirma que, apesar do possível rebaixamento da pandemia da Covid-19 para endemia por parte da OMS, a orientação é para que haja cautela na tomada de decisões pelo Poder Público, abrangendo aspectos como o distanciamento e uso de máscaras. “Chamam a atenção que a recente alta da Covid-19 em países da Europa e da Ásia deve ser encarada como um alerta para que o Brasil não cometa os mesmos erros”, explica a Fiocruz. 

“Não é razoável pensar que se trata de uma escolha, entre vacinar ou usar máscaras, ou entre usar máscaras ou estar exclusivamente em ambientes abertos. Todos os recursos disponíveis para impedir a circulação do vírus devem ser tomados de forma concomitante. Portanto, estimular o aumento da cobertura vacinal não exclui as demais estratégias de proteção, sejam individuais ou coletivas”, finalizam os pesquisadores.

Confira a nota técnica completa clicando aqui.

Com informações da Fiocruz

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