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Coronavírus

CoronaVac induz respostas rápidas de anticorpos mesmo após 12 meses da vacinação

Estudo feito divulgado na The Lancet reforça durabilidade da imunização

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Foto: Américo Antonio/Sesa

Na última semana,  o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina CoronaVac no Brasil, junto ao laboratório chinês Sinovac, anunciou que um estudo científico publicado por pesquisadores chineses do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e da Universidade Médica Capital, ambos de Pequim, na China, reforça a resposta imune celular e humoral induzida pelo imunizante, algo que dura mesmo após 12 meses do complemento vacinal com as duas doses. Segundo o Butantan, o trabalho científico foi submetido à publicação médica britânica conceituada The Lancet, sendo publicado no dia 19 de outubro na forma de preprint.

De acordo com o Butantan, foram analisados 150 voluntários, com idades entre 18 e 59 anos, que receberam as duas doses da vacina com 14 dias de intervalo. “Para poder verificar a evolução do panorama imunológico dos participantes, amostras de sangue foram coletadas antes do recebimento da primeira dose da vacina, assim como decorridos um, três, seis e 12 meses após a segunda dose”, completa.

“Os cientistas constataram que, um mês após a imunização completa, os anticorpos de ligação e os anticorpos neutralizantes surgiram rapidamente. A taxa soropositiva de anticorpos de ligação foi de 99% e a taxa de soroconversão de anticorpos neutralizantes foi de 50%. Do terceiro até o 12º mês após a imunização, houve uma ligeira diminuição ao longo do tempo nos anticorpos neutralizantes e anticorpos de ligação. Aos 12 meses, porém, os anticorpos de ligação e os neutralizantes ainda eram detectáveis”, explica o instituto.

Segundo o Instituto Butantan, em termos mais técnicos e científicos, “a secreção de interferon-gama (IFN-γ) e da interleucina 2 (IL-2) induzida especificamente por RBD (domínio de ligação ao receptor) persistiram em níveis elevados por até seis meses, e puderam ser observadas ao longo dos 12 meses de análise”, complementa. “Além disso, células específicas CD4 + TCM, CD4 + TEM, CD8 + TEM e CD8 + TE específicas para SARS-CoV-2 foram todas detectáveis e funcionais por até 12 meses após a administração da segunda dose”, reforça a assessoria.

De acordo com a assessoria, desta forma, os os pesquisadores chineses constataram a persistência da resposta imune induzida pela CoronaVac em seres humanos, em um regime de duas doses. “Foi comprovado que a vacina não apenas induziu ligações duráveis e respostas de anticorpos neutralizantes, como também células T de memória CD4 + e CD8 + específicas para SARS-CoV-2 por até 12 meses”, finaliza o Butantan.

Com informações do Instituto Butantan

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