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Coronavírus

Após festas de fim de ano, aumento significativo de casos da Covid-19 deve ocorrer após 15 de janeiro

“Todos temos ciência do momento em que vivemos da pandemia. O número de casos novos e de óbitos tem sido superior ao que registrávamos no pico anterior, próximo a junho ou julho”, afirma o médico João Zattar

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Após festas de fim de ano, aumento significativo de casos da Covid-19 deve ocorrer após 15 de janeiro

Pessoas que aglomeraram nas festas devem fazer isolamento de sete dias

Apesar de todas as orientações do Poder Público, autoridades sanitárias e profissionais médicos, boa parte da população do litoral e de Paranaguá não respeitou a recomendação para que aglomerações não acontecessem nas festas de Natal e Ano-Novo entre familiares e amigos como forma de prevenção à Covid-19. Além disso, muitas pessoas nem mesmo adotaram medidas sanitárias como distanciamento social, uso de máscaras e higienização durante o fim de ano. O médico João Felipe Zattar Aurichio explica que está havendo um pico de casos do novo Coronavírus, algo que deve se agravar na segunda metade de janeiro, em virtude do desrespeito em relação às medidas preventivas à doença durante as festividades natalinas e de Réveillon. 

“Todos temos ciência do momento em que vivemos. O número de casos novos e de óbitos tem sido bem superior ao que registrávamos no pico anterior, próximo a junho ou julho. E, é claro, sabemos que a transmissão dele se dá pela proximidade das pessoas. Dessa forma, reuniões e festas de fim de ano são ocasiões em que se espera uma maior transmissibilidade. Esperamos, pela lógica de propagação e surgimento dos sintomas, que o aumento do número de casos seja mais significativo a partir da segunda metade de janeiro”, alerta o médico.

Com relação a orientações para quem aglomerou no fim de ano e não quer contaminar familiares, colegas e pessoas próximas, Zattar explica que, se for seguida a teoria da quarentena necessária, a pessoa tem que cumprir 14 dias de isolamento para reduzir a zero a chance de contaminar os outros. “No entanto, sabemos que esse tempo é grande falando em termos de uma pessoa assintomática e economicamente ativa. Portanto, recomendamos metade desse tempo, ao menos, sete dias de isolamento. O que talvez não diminua a zero, mas próximo a isso, de disseminar o vírus. Mas, é claro, se essa pessoa, durante esses sete dias tiver sintomas suspeitos, a quarentena começa a contar do início dos sintomas”, explica.

Primeiros sintomas

De acordo com o médico, os sintomas da Covid-19 começam a aparecer em cinco dias após o contágio, entretanto este período pode ser diferente a cada caso. “Mas é claro que isso pode variar de 1 até 14 dias. Os assintomáticos como transmissores ainda são uma grande incógnita. O que sabemos é que não basta você entrar em contato com o SARS2NCOV para manifestar a doença. Você tem de ter entrado em contato com ao menos 500 milhões de cópias virais para aí sim talvez ter a Covid-19. Dessa forma cogita-se o fato do assintomático não ter essa possibilidade de transmitir essa quantidade de vírus para uma outra pessoa a ponto de surgirem sintomas da Covid-19. Mas como isso ainda não está respondido, tomamos todos os cuidados possíveis”, alerta.

Distanciamento social 

Segundo João Zattar, o distanciamento social e medidas sanitárias de prevenção à Covid-19 devem seguir sendo adotados pela população. “A importância de tentarmos conter a transmissão agora é além de diminuir a ascendência de casos novos, é desafogar o sistema de saúde que já está sob colapso e dar um tempo a mais para que sejam iniciadas as aplicações da vacina. Veja: estamos falando de uma doença em que milhares de pessoas ficam doentes ao mesmo tempo e que a cada 5 a 7 dias podem dobrar a quantidade de casos novos se nada for feito”, finaliza.

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