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Ciência e Saúde

Vacina contra Influenza composta pelo H3N2 já está em produção no Butantan

Imunizante produzido anteriormente está sendo aplicado para conter avanço da Influenza

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Foto: Instituto Butantan

Na segunda-feira, 3, o Instituto Butantan anunciou que já está produzindo a vacina contra a Influenza, que será distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 para aplicação na população brasileira. O imunizante que está em fabricação é trivalente e já é composto pelos vírus H1N1, H3N2, do subtipo Darwin, e a cepa B. A vacinação contra a gripe que está em andamento no Brasil e no Paraná, incluindo o litoral, é realizada com os 80 milhões de doses repassadas pelo Butantan, sendo importante desde agora para conter o avanço da Influenza. 

“O Brasil vive um surto de influenza H3N2, e o imunizante será importante para conter o espalhamento do vírus”, explica a assessoria. Segundo a entidade científica, a vacina trivalente contra influenza é produzida já atualmente em uma fábrica que produz de forma separada os Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFA) das três cepas do imunizante para depois misturá-los em um em outro espaço de formulação e envase.

“Já produzimos 100% do IFA do H1N1 em setembro. Estamos em vias de terminar o IFA da cepa B e em janeiro começamos a produzir o IFA do H3N2. Na primeira quinzena de fevereiro está previsto o início das formulações e do envase”, afirma o diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira.

De acordo com o Butantan, 80 milhões de doses da vacina contra a Influenza são produzidas anualmente pela entidade para a campanha nacional de vacinação contra a gripe. “Justamente por ser sazonal, o imunizante é modificado a cada ano, baseado nos três subtipos do vírus influenza que mais circularam no último ano no hemisfério Sul monitorados e indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, relata a assessoria.

Alterações

Segundo a entidade científica, a versão nova do imunizante contra a Influenza conta com as cepas H3N2 (Darwin), H1N1 e B em sua formulação, que precisaram ser importadas da Europa. “A que se manteve a mesma foi a H1N1 e, por isso, foi a primeira a ser trabalhada pelo Butantan ainda em setembro”, completa.

“As cepas importadas são encaminhadas para o laboratório piloto, que produzirá um lote de banco trabalho, que posteriormente será utilizado na produção dos IFAs; tudo isso seguindo um cronograma definido de entregas ao governo que devem ser feitas entre março e abril”, ressalta o gerente de produção da vacina da influenza do Butantan, Douglas Gonçalves de Macedo.

“Uma versão tetravalente da vacina da influenza, com duas cepas de vírus A e duas cepas do vírus B, também está sendo desenvolvida no Butantan e deverá substituir a trivalente no futuro”, finaliza a assessoria do Butantan.

Com informações do Instituto Butantan

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