Ciência e Saúde

Porto e órgãos de saúde reforçam medidas contra o Coronavírus no Paraná

O encontro esclareceu a definição de caso suspeito adotada pelo Ministério da Saúde (Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná)

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Fluxo de informações e protocolos foram apresentados pela Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Portos do Paraná realizaram na segunda-feira, 3, uma série de reuniões com a Marinha, Regional de Saúde, Samu, Hospital Regional do Litoral, empresas, armadores e operadores portuários, sobre o novo Coronavirus (nCoV). O encontro esclareceu a definição de caso suspeito adotada pelo Ministério da Saúde e ressaltou a importância dos planos de contingência e da articulação entre órgãos de governo, porto, entidades e profissionais para o enfrentamento da doença.

 “Estamos em diálogo constante com todos os órgãos e atores envolvidos, com troca de informações, definições e acompanhamento da situação em todo o mundo. Estamos preparados para colocar em prática o Plano de Contingência de Emergência de Saúde Pública que o porto possui, caso venha a surgir algum caso suspeito”, explica o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Ribeiro Santana.

José Carlos de Abreu, diretor da 1.ª Regional de Saúde, disse que a integração com os órgãos de saúde é essencial para uma resposta rápida e eficaz de controle, pensada na realidade local. “É alinhamento de conceitos com a Anvisa, a direção dos portos do Paraná e demais órgãos envolvidos. Esse diálogo evidenciou as particularidades que precisam ser consideradas no fluxo de atendimento”, destacou.

Segundo Giovani de Souza, diretor do Hospital Regional do Litoral, a reunião dá continuidade ao trabalho realizado pelo Governo do Estado nos municípios paranaenses que recebem um fluxo grande de pessoas vindas da China.

“Neste momento, a intenção é prevenir e esclarecer. A reunião serve também para que possamos conhecer e entender como é o trabalho de cada área, desde a chegada do navio, até o atendimento de emergência. Para quem é da área da saúde é essencial ter esta visão mais ampla, esta logística. Quanto mais informações, melhor é a tomada de decisão”.

João Claudio Campos Pereira, coordenador médico do Samu Litoral, concorda. “É preciso organizar o fluxo de atendimento de qualquer paciente com suspeita de Coronavírus. Isso inclui estabelecer para onde encaminhar e de qual maneira esse paciente será atendido. Com fluxos definidos e equipes treinadas temos maiores possibilidades de prevenir a disseminação do vírus e proteger a comunidade”, conta.

Protocolo

As exigências aos navios seguem orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa pública também estabelece um regime ainda mais intensivo de limpeza nos controles biométrico de acesso às áreas alfandegadas.

Cartazes com orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde já estão afixados nos diversos ambientes dos portos do Paraná, em três idiomas: português, inglês e mandarim.

O agente marítimo deve comunicar a Autoridade Portuária sobre navios que tenham como origem as regiões noticiadas oficialmente como epidêmicas. Nestes casos, deverá ser cumprido um mínimo de quarentena de 21 dias, entre a saída do porto anterior até a chegada aqui.

Ao tripulante que venha de avião aos Portos do Paraná, proveniente da região epidêmica, para assumir jornada de trabalho em navios que estejam atracados, será solicitada a apresentação de um atestado médico.

No acesso às áreas alfandegadas dos portos, a Diretoria de Meio Ambiente intensificou a limpeza dos acessos biométricos e disponibiliza álcool em gel.

Para o embarque de trabalhadores em navios com bandeira chinesa ou provenientes do País, seguindo a Nota Técnica 08/2020 da Anvisa, é recomendado uso de máscara.

Fonte: Portos do Paraná

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