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Ciência e Saúde

Paraná apresenta retomada de crescimento de SRAG em crianças, diz Fiocruz

Estado registra sinal de crescimento na tendência de longo prazo

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No último dia 20 de julho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou mais uma edição do Boletim InfoGripe Fiocruz, que apontou que o Paraná retomou o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças com idade de 0 a 4 anos e de 5 a 11 anos. Além disso, o Estado contabilizou sinal de crescimento na tendência de longo prazo nos registros de SRAG. Apesar disso, em um contexto geral, a Fiocruz aponta que houve uma interrupção do crescimento no número de casos da Síndrome Respiratória no sul do Brasil. 

“O novo Boletim InfoGripe Fiocruz sinaliza para cenários opostos entre os estados do norte e sul do país. Enquanto os do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apontam para a interrupção do crescimento do número de casos de SRAG, iniciado em abril em diversos estados, e início de queda em alguns, Norte e Nordeste têm manutenção do crescimento iniciado em junho. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 28, que compreende os dias de 10 a 16 de julho e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 18 de julho”, informa a assessoria.

De acordo com a Fiocruz, apesar de uma desaceleração percebida no crescimento de casos semanais e da possível formação de platô em diversos estados do centro-sul, “o cenário ainda é instável e exige cautela”, detalha. “O Paraná e o Rio Grande do Sul mostram tendência de retomada do crescimento em crianças pequenas (0 a 4 e 5 a 11 anos), contrastando com o sinal de platô em adultos. Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo apresentam indícios de terem iniciado o processo de queda no número de casos de SRAG”, acrescenta.

A maioria dos estados do Norte e Nordeste do Brasil continuam com crescimento de casos de SRAG. “Isso pode estar associado ao fato de que a metade sul iniciou o processo de crescimento mais cedo, ainda em abril, enquanto na metade norte esse processo se inicia com maior clareza a partir de final de maio e início de junho”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

SRAG: Covid-19, VSR ou H3N2? 

Segundo a Fiocruz, o novo boletim aponta que, entre crianças de 0 a 4 anos, “o volume de casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) se mantém acima daquele observado para o vírus sincicial respiratório (VSR) nas últimas quatro semanas”, informa. “Na população adulta, os casos de SRAG com resultado laboratorial positivo também continua sendo amplamente dominado pelo Sars-CoV-2 (Covid-19). Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A (gripe) H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul”, acrescenta.

Paraná e crescimento dos casos de SRAG

O Paraná, junto a outros 18 estados das 27 unidades federativas, apresentou no último informe da Fiocruz um sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 28. Neste contexto, além do Paraná, constam os estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. “Os demais estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade ou queda na tendência de longo prazo até a SE 28”, detalha.

A capital paranaense, Curitiba, junto a outras 13 das 27 capitais estaduais do Brasil, também apresentou sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 28. Constam neste cenário de aumento Aracaju (SE), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Mais de 79% dos casos de SRAG são de Covid-19

“Referente ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 197.788 casos de SRAG, sendo 97.969 (49,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 75.117 (38,0%) negativos, e ao menos 14.828 (7,5%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,6% são de influenza A, 0,1% de influenza B, 9,0% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 79,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,9% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,6% para vírus sincicial respiratório e 79,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19)”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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