Ciência e Saúde

Litoral confirma 105 novos casos de Dengue em uma semana

Informe da Sesa confirma mais quatro óbitos pela doença no Paraná

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Na terça-feira, 3, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o Informe Epidemiológico n.º 36/2021-2022 sobre a situação da dengue em todo o Paraná. Segundo os dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense contabilizou 105 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A análise abrange o período entre o dia 27 de abril a 3 de maio.

Desde o início do ciclo foram confirmados 37.048 casos e nove mortes por Dengue no Paraná.

Os dados são do 36.º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1.º de agosto de 2021 e deve seguir até julho de 2022.

Litoral 

No informe divulgado pela Sesa, o município de Morretes não registrou casos confirmados da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, desde agosto de 2021. Ao todo, o litoral contabiliza 432 casos, sendo Matinhos (351); Pontal do Paraná (44); Paranaguá (24); Guaratuba (10); Antonina (2) e Guaraqueçaba (1).

Segundo o documento emitido nesta semana, nenhum óbito foi registrado nos municípios da região litorânea.

O litoral do Paraná tem 315 casos em investigação da doença, sendo: Pontal do Paraná (164); Paranaguá (78); Matinhos (54); Guaratuba (11) e Antonina (8).

O Informe Epidemiológico n.º 36/2021-2022 da Secretaria de Estado da Saúde indica que no litoral não há confirmações de febre Chikungunya e de Zika Vírus.

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Ao todo, o litoral contabiliza 432 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti (Foto: Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Paraná

O boletim semanal da dengue publicado na terça-feira, 3, pela Secretaria de Estado da Saúde confirma mais quatro mortes em decorrência da doença, aumentando para nove o número total de óbitos no Paraná. Os pacientes que foram a óbito eram das regiões Oeste e Noroeste do Estado.

O informe registra ainda 109.574 casos notificados no Paraná. São 15.230 a mais na comparação com a semana passada. Além disso, são 37.048 confirmações de casos, um aumento de 23,45%.

Dos 374 municípios que registraram notificações de dengue (93,7% do Estado), 309 já confirmaram a doença (77,4%). De acordo com o relatório, 269 deles confirmaram casos autóctones no período, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes.

“Infelizmente o número de mortes cresce, assim como o de casos. É essencial o atendimento clínico e diagnóstico rápido da doença, para que os pacientes sejam avaliados pelos serviços de saúde. Nossas equipes de vigilância e atenção acompanham os casos e atuam em todas as regiões do Paraná, na orientação e capacitação dos profissionais de saúde para o controle da doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Óbitos

A Sesa informa a morte de mais quatro pacientes. São três mulheres e um homem com idades entre 10 e 87 anos. Eles residiam em Catanduvas, Cascavel, de abrangência da 10.ª Regional de Saúde e Ivatuba e São Jorge do Ivaí, da 15.ª RS. Os óbitos ocorreram entre 1.º e 8 de abril de 2022.

Ações

A equipe da Seção de Apoio Logística de Insumos e Equipamentos (Scali), junto com a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores (DVDTV) e o Núcleo de Vigilância Entomológica de Maringá, estão na 10ª Regional de Saúde de Cascavel para realizar, nos 25 municípios da região, capacitações e orientações para os supervisores de campo e coordenadores dos agentes de combate a endemias, no combate ao vetor.

Na quarta-feira, 4, uma equipe da DVDTV estará na 5.º Regional de Saúde, em Guarapuava para um encontro com gestores de saúde, médicos e enfermeiros. O assunto será o diagnóstico e manejo clínico do paciente com sintomas de dengue para orientar as equipes quanto a assistência aos pacientes com suspeita de dengue.

Infestação predial

A Sesa publica na terça-feira, 3, o 2.º informe entomológico de 2022, referente ao período de 01/03/2022 a 29/04 /2022.

O informe apresenta os principais criadouros do Aedes aegypti no Estado. Estes dados são provenientes do levantamento entomológico realizado pelos municípios e informado à Secretaria. Criadouros como lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, são os principais depósitos passíveis de remoção e representam 38,2% dos criadouros encontrados.

O informe também aponta que depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção (sanitários estocados, etc.) e objetos religiosos correspondem ao 2º grupo de maior relevância para o ciclo de vida do mosquito.

Outro depósito importante que corresponde a 16,5% dos criadouros são os locais de armazenamento de água, a nível de solo, como as cisternas e caixas d’água.

Com ações simples de remoção, proteção, limpeza e destinação adequada de resíduos sólidos, é possível evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Com informações da Sesa

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