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Ciência e Saúde

“Eu não me permito ficar triste e desanimada. Há vida após o câncer”, relatou professora

Sandra Guimarães Rech recebeu três vezes o diagnóstico da doença

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A professora Sandra do Rocio Guimarães Rech, de 55 anos, moradora em Antonina, recebeu o diagnóstico de câncer por três vezes. Hoje, está em fase de recuperação da cirurgia de esvaziamento axilar que realizou neste mês. Ela é mais uma história de superação que a Folha do Litoral News traz em função do Outubro Rosa, para mostrar que o câncer não é o fim da linha.

Sandra contou sua experiência com a doença, desde a primeira descoberta até os dias de hoje. “Esse é o terceiro tratamento que faço contra o câncer de mama. Em 2010 recebi o primeiro diagnóstico, fiz a retirada do tumor e da área ao redor, além de quimioterapia e radioterapia. Tive acompanhamento a cada três meses com exames de imagem e todos os outros”, afirmou.

Ela recebeu o segundo diagnóstico em 2016,. “Em razão do câncer de mama, apareceu um tumor na axila direita. Fiz todo o ciclo da quimioterapia, depois a cirurgia para retirada dos linfonodos e radioterapia. No início deste ano, fazendo meus exames de rotina, apareceu novamente um tumor na axila direita. Fiz novamente quimioterapia de abril a agosto e em outubro fiz a cirurgia para esvaziamento axilar”, descreveu a professora.

Agora, Sandra se recupera da cirurgia, sendo acompanhada de perto por sua médica. Segundo ela, os exames físico e de imagem foram os que a ajudaram a chegar aos três diagnósticos.

“Não senti dor em nenhuma das vezes, não percebi vermelhidão, nem secreção, foi somente mesmo através dos exames de imagem. Eu era bem leiga no assunto, quando ouvia que alguém estava com câncer de mama ficava triste e com medo. Não sabia quase nada e receber o diagnóstico para mim foi uma sentença de morte”, lembra Sandra.

Com isso, quando recebeu a notícia pela primeira vez, ela perguntou para a médica quanto tempo tinha de vida. “Vi passar um filme na minha frente. Pensei na minha família, nos meus cachorros, na minha casa, foi muito difícil. A médica me disse que estava no começo e que havia tratamento e que eu ainda teria muitos anos de vida. Ela foi um anjo que Deus enviou”, revelou a professora.

Instituto Peito Aberto

Ao longo dos anos, ela foi aprendendo mais sobre a doença e também a como lidar com as adversidades da vida

Em 2016, foi convidada pela diretora da Escola Municipal Edinéia Marize Marques Garcia, onde lecionava, para desenvolver a campanha Outubro Rosa com os alunos. Foi nesse período também que conheceu o trabalho do Instituto Peito Aberto.

“Quando encerramos a campanha na escola, no último dia, levei os exames para a médica em Curitiba e lá estava o diagnóstico novamente. Tive muito apoio da Fabiana e da Mara do Instituto e das meninas que acabei conhecendo mais de perto. O Instituto nos acolhe de uma maneira maravilhosa, porque todas lá já passaram pelo câncer. O abraço, carinho, atenção e dedicação que me deram foi de suma importância no meu tratamento. Eu sabia que podia contar com elas. Isso me motivou ainda mais”, contou Sandra.

“O câncer me acordou”

Segundo ela, o câncer mudou sua vida, fazendo com que valorizasse as pequenas coisas da vida. “O câncer me acordou, porque fez enxergar a nossa fragilidade. Fez eu perceber que a vida é maravilhosa, que eu estava deixando de lado tantas coisas importantes. A nossa vida passa muito rápido, nós devemos dar importância para aquilo que nos faz bem, para as pessoas que nos amam de verdade. O nascer do sol para mim hoje mostra que estou viva, que Deus me deu uma nova chance, uma terceira chance”, disse a professora.

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