Ciência e Saúde

Especialista em Oftalmologia fala sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI

Neste espaço do Momento Saúde Unimed Paranaguá, Dr. Thales Takeo Takata explica o que é a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI.

Especialista em Oftalmologia fala sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI

Especialista em Oftalmologia fala sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI

Dr. Thales Takeo Takata é graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pós-graduado – residência médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), recebeu o título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Pós-Graduado em Retina e Vítreo pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), também é Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV) e da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR/ BRASCRS)

Neste espaço do Momento Saúde Unimed Paranaguá, Dr. Thales Takeo Takata explica o que é a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI. Da sua evolução que pode ser de 2 tipos, e da importância do rastreamento. Confira:

O que é a Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI?

A retina é um tecido que fica na parte mais posterior do olho e é um dos tecidos responsáveis pela nossa visão. A mácula é uma região da retina que fica na parte mais central e com ela temos a visão mais precisa e nítida.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que afeta essa parte central e é uma das principais causas de cegueira não reversível no mundo.

A doença usualmente afeta pessoas a partir dos 55 anos de idade. Antecedente familiar da degeneração, o tabagismo, a obesidade, a raça branca e a hipertensão arterial são fatores de risco para o desenvolvimento da DMRI.

Devido principalmente ao envelhecimento das células da retina o seu metabolismo vai diminuindo e acabam se acumulando restos desse metabolismo que vão se depositando na retina na forma de pequenos pontos amarelados chamados drusas.

Dessa forma, inicialmente o problema começa com a formação dessas drusas e que na maioria das vezes não causa nenhum sintoma.

Com o decorrer da doença essas drusas podem aumentar de quantidade e tamanho se coalescendo e o paciente pode começar a sentir uma pequena mancha ou tortuosidade na visão central.

Depois desse estágio, a DMRI pode evoluir para quais tipos?

A forma exsudativa e a forma atrófica. A forma atrófica é a mais comum, correspondendo a cerca de 90% dos casos de DMRI. As drusas inicialmente pequenas vão aumentando de tamanho se juntando e gradativamente começam a atrofiar algumas camadas da retina. Isso vai causando uma perda lenta e contínua da visão central podendo levar anos até uma perda acentuada da visão.

Na forma exsudativa podemos ter hemorragias, exsudação e inchaço na mácula de forma abrupta. Isso faz com que a pessoa afetada tenha uma baixa de visão mais rápida e acentuada.

O tratamento para a forma atrófica da doença é feito com polivitaminicos antioxidantes com vitamina A, C e E, Zinco, Cobre, Luteína e Zeaxantina. Sendo tomados diariamente podem retardar o avanço da degeneração.

Na forma exsudativa, o tratamento é feito com injeções dentro do olho de medicações chamadas anti-VGFE. A medicação tem que ser feita com 1 dose mensal por no mínimo 3 meses, mas muitas vezes o tratamento tem que ser continuado a cada 1 ou 2 meses dependendo da resposta e acompanhamento.

O que pode ser dito em relação ao rastreamento?

Para pessoas no grupo de risco com mais de 55 anos é indicada consulta oftalmológica periódica com exame de mapeamento de retina para rastreamento de estágios iniciais assintomáticos da doença e se necessário o complemento com outros exames oftalmológicos a fim de se detectar lesões precoces e iniciar o tratamento.

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