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Ciência e Saúde

Especialista em Oftalmologia explica o Ceratocone

Neste espaço do Momento Saúde Unimed Paranaguá, Dr. Sidarta Keizo Hossaka fala do Ceratocone

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Especialista em Oftalmologia explica o Ceratocone

Dr. Sidarta Keizo Hossaka é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pós-Graduado – Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Recebeu o Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), também é pós-graduado em Cirurgia Refrativa e em Plástica Ocular ambas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). É membro da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (SOBLEC) e da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR/ BRASCRS).

Neste espaço do Momento Saúde Unimed Paranaguá, Dr. Sidarta Keizo Hossaka fala do Ceratocone é uma doença que afeta a córnea, levando ao afinamento central ou paracentral, geralmente inferior, resultando no encurvamento anterior da córnea, na forma de cone. Confira:

O que é Ceratocone?

O ceratocone é uma doença que afeta a córnea, levando ao afinamento central ou paracentral, geralmente inferior, resultando no encurvamento anterior da córnea, na forma de cone. A córnea é uma estrutura transparente localizada na parte anterior do olho, que pode ser comparada ao “vidro de um relógio”.

O ceratocone ocorre com mais frequência na adolescência, podendo estabilizar com o tempo ou prolongar-se aproximadamente até os 40 anos de idade. 

Ainda não é possível determinar a causa exata da ceratocone. Estudos sugerem que ela ocorre devido a inúmeros fatores, tanto hereditários quanto ambientais. Contudo, existem alguns fatores de risco que podem contribuir ou acelerar o desenvolvimento da doença. Entre possíveis causas estão: histórico familiar de ceratocone, coçar ou esfregar os olhos com frequência; possuir algumas condições alérgicas que instiguem a coçar os olhos (como rinite alérgica, asma ou dermatite).

Quais os principais sintomas?

Os principais sintomas são: desfoque da visão, aumento da sensibilidade à luz, dificuldades para enxergar à noite, dificuldades para realizar atividades rotineiras, como ler e dirigir, surgimento ou aumento acelerado de miopia e astigmatismo.

O que poderia falar sobre o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado pelo médico oftalmologista, que durante uma consulta de rotina verifica sinais suspeitos da doença ou de acordo com dados fornecidos pelo paciente. São utilizados exames complementares para auxiliar ou confirmar o diagnóstico, tais como ceratoscopia computadorizada (mede a curvatura da córnea e avalia o seu formato), paquimetria ultrassônica (mede a espessura da córnea) ou tomografia corneana (analisa a curvatura e espessura). 

E quanto ao tratamento?

O tratamento pode ser dividido em três pilares:

Tratamento da alergia caso houver sintomas (controle de fatores ambientais que possam desencadear alergia, compressas frias e colírios).

Tratamento da doença propriamente dita quando em evolução. Nesse caso, a cirurgia mais realizada atualmente é o Cross Linking do colágeno corneano. Método que utiliza riboflavina e UVA com intuito de induzir ligações covalentes entre as fibras de colágeno, trazendo então, um enrijecimento e fortalecimento da córnea para tentar conter a progressão ou desacelerar a doença.

Como acontece a reabilitação visual?

Nos casos mais brandos, o tratamento do ceratocone é inicialmente realizado por meio de óculos. Para astigmatismos maiores ou mais avançados, cuja a visão não fique satisfatória com óculos, lentes de contato especiais podem trazer uma melhora significativa da visão. Geralmente, as lentes de contato rígidas gás permeáveis são as que trazem melhor potencial de visão para o paciente com ceratocone dentre todas as opções terapêuticas disponíveis. Há vários desenhos de lentes de contato que podem ser utilizados na correção óptica do ceratocone, dentre eles: lentes de corte simples, asféricas, bicurvas, multicurvas e esclerais. Dependendo do estágio de evolução da doença deve-se avaliar qual o desenho mais apropriado. O tratamento cirúrgico, com implante de anéis intraestromais podem ser indicados a pacientes intolerantes ao uso de lentes de contato. E por último existe o transplante de córnea, que é indicado para os casos mais avançados ou com cicatrizes extensas que não melhoram com lentes de contato. Após a cirurgia, geralmente é necessário o uso de lentes de contato para obtenção de melhor acuidade visual. Para concluir, fica a dica: evite coçar os seus olhos e consulte regularmente seu médico oftalmologista.

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