Na terça-feira, 20, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou novo informe epidemiológico sobre a situação da dengue, zika e chikungunya em todo o Paraná.
De acordo com o boletim, em uma semana, 485 novos casos de dengue foram registrados no litoral, a maior parte deles (325) em Paranaguá.
Além disso, contabilizaram novos registros da doença os municípios de Antonina (42), Guaratuba (22), Matinhos (3), Morretes (92), e Pontal do Paraná (1). Nenhum novo caso de dengue foi registrado nos últimos sete dias em Guaraqueçaba.
Ao todo, o novo informe, que registra a situação da dengue desde 11 de agosto de 2020, divulgou que até o momento, Paranaguá apresentou 1.470 casos da doença, duas mortes decorrentes da dengue e quatro casos graves, sendo o município com maior incidência da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. O município também registrou no total 19 casos de dengue com sinais de alarme.
O litoral registra o número de 1.765 casos confirmados da doença. Os casos ocorridos na região são do sorotipo DENV1 e DENV2. Nenhum caso de Zika ou Chikungunya foi contabilizado até agora nos sete municípios litorâneos.
Com incidência de casos de dengue acumulada de 939,70, Paranaguá está entre os municípios do Paraná que teve o maior número de pacientes infectados pela doença entre agosto de 2020 até o presente momento em 2021. Morretes é a segunda cidade com maior incidência de casos: 788,22. Antonina, com incidência acumulada de 541,79 de casos de dengue, é o terceiro município no ranking em questão. A Sesa atualmente investiga 296 pessoas que podem estar infectadas com a dengue no litoral. Os casos suspeitos foram contabilizados em Paranaguá (58), Antonina (67), Morretes (118), Guaratuba (49) e Matinhos (2).
Segundo o boletim da Sesa, o risco climático da dengue é médio no litoral do Paraná, principalmente em Paranaguá e Guaratuba. Ou seja, as condições climáticas para aumento da proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que é transmissor da doença, são médias, algo que se acentua devido ao outono e proximidade do inverno, onde as temperaturas são mais amenas.
Paraná
O Informe publicado ontem, 20, pela Secretaria Estadual da Saúde registra 1.289 novos casos confirmados da dengue no Paraná. O período epidemiológico, com início de agosto de 2020, soma 9.909 casos distribuídos em 247 municípios.
As 22 Regionais de Saúde têm confirmações de dengue; em 20 Regionais estão confirmados casos autóctones, ou seja, as pessoas se contaminaram no município de residência. O Paraná totaliza 8.741 casos autóctones.
O Informe registra ainda 55.198 notificações para a dengue no Estado, em 354 municípios. Outros 10.856 casos seguem em investigação para a doença.
Arboviroses
O Informe Semanal sobre Arboviroses da Sesa alerta para o aumento de casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e zika vírus.
A Sesa monitora e divulga os dados epidemiológicos dos três agravos no mesmo Informe conforme análise da Vigilância Ambiental. Segundo o Informe, o Paraná tem hoje 193 notificações para a chikungunya e 29 casos confirmados.
“A Sesa está alerta diante deste aumento repentino de casos; já orientamos todas as 22 Regionais de Saúde, principalmente os serviços assistenciais para atenção redobrada a possíveis casos. A notificação correta nos aponta onde está a circulação viral e possibilita a ação”, afirmou o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.
“Hoje o Estado de São Paulo passa por um surto de chikungunya; a proximidade com o Paraná e o fluxo de pessoas entre os estados pode ter originado o aumento dos casos por aqui”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
Características
A chikungunya causa febre e dores nas articulações. Outros sintomas incluem dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga e erupção cutânea.
Aproximadamente 50% dos casos evoluem para a forma crônica; as dores podem persistir por meses ou até anos, causando debilitação do paciente.
Com informações da Sesa
Foto: Ilustrativa