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Ciência e Saúde

Casos de SRAG estão em nível “muito alto” em crianças no Paraná, diz Fiocruz

Maior parte são casos de vírus respiratórios

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Foto: Ilustrativa /Freepik

Na quinta-feira, 11, a Fundação Oswaldo Cruz divulgou mais uma edição do Boletim InfoGripe, que apontou a  tendência de aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a outros vírus respiratórios entre crianças (de zero a 9 anos). No Brasil, com relação à população adulta, de 20 anos ou mais, ainda há predomínio quase absoluto de diagnóstico de Covid-19 entre os casos de SRAG com resultado laboratorial, com estabilidade com relação ao número de novos casos semanais.

“Esse predomínio se mantém para os adolescentes (de 10 a 19 anos), mas com redução na positividade geral e maior presença relativa de casos detectados de Rinovírus. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 44, do dia 31 de outubro até o dia 6 de novembro”, aponta a Fiocruz.

Segundo a fundação, em 2021, entre as crianças, “houve um aumento significativo de casos de vírus sincicial respiratório, o VSR, com registros semanais superiores aos de Sars-CoV-2”, acrescenta. “A partir do mês de julho, aumentaram gradualmente também os casos de infecção por outros vírus respiratórios (Adenovírus, Bocavírus, Parainfluenza 3, Parainfluenza 4, entre outros)”, informa a Fiocruz.

De acordo com a assessoria, nenhuma das 118 macroregiões de saúde do Brasil analisadas apresenta nível de SRAG extremamente alto. “Dezesseis estão em nível muito alto, localizadas em seis unidades da federação: Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os indicadores de nível de casos semanais também mostram que a maioria das capitais está em macrorregiões de saúde com nível alto ou muito alto, embora os números sigam melhorando gradativamente”, complementa.

“No país como um todo, foi registrado sinal de estabilidade na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de crescimento na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Por se tratar de crescimento leve, os dados ainda são compatíveis com cenário de estabilidade”, relata a Fiocruz. Segundo o pesquisador da fundação, Marcelo Gomes, que é coordenador do InfoGripe, é necessário neste momento em todo o País “ter cautela e acompanhar o impacto das medidas de flexibilização”, informa.

Estabilidade de SRAG nos casos no Paraná

Segundo a Fiocruz, Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) nos casos de SRAG. “Por outro lado, na maioria desses estados, o cenário de crescimento recente é compatível com oscilação em torno de um valor estável. A única exceção é o Rio Grande do Norte, com sinal de crescimento dos casos na população com idades entre 50 e 79 anos. Os demais estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe”, completa.

O Paraná, junto com estados de Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, apesar da situação compatível com oscilação em torno de valor estável, apresentam sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas três semanas), segundo a Fiocruz. “Em São Paulo, houve um aumento restrito à população infantil, também associada a casos por outros vírus respiratórios. Atualmente, esses outros vírus provocam mais casos de SRAG do que a Covid-19 em crianças”, informa a Fiocruz.

Entre as capitais do Brasil, Curitiba apresenta sinal de crescimento na tendência de longo prazo, junto com Manaus (AM), Natal (RN) e Salvador (BA). “Assim como nos estados, a análise da evolução temporal sugere compatibilidade com oscilação em torno de patamar estável. Apenas Natal apresenta cenário que exige maior atenção, embora o crescimento ainda seja lento”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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