Na terça-feira, 12, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o informe epidemiológico da Dengue n.º 27, que compreende o novo período sazonal da doença, que vai de julho de 2023 até agosto de 2024, de acordo com o calendário epidemiológico definido pelo Ministério da Saúde.
Conforme consta nos dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense registrou 621 novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra, então, os casos de pessoas infectadas e de casos suspeitos neste período de monitoramento. Além disso, o boletim estadual apresenta outras informações de notificações, casos suspeitos e óbitos da doença.
LITORAL
No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza 3.216 casos de Dengue, sendo Antonina (1.725); Paranaguá (956); Morretes (129); Guaratuba (228); Matinhos (138); Pontal do Paraná (37) e Guaraqueçaba (3).
Segundo a Sesa, Antonina é a cidade do litoral com o maior número de casos confirmados de dengue, com 1.725 no total, sendo que neste boletim, foram mais 255 novos casos. Além disso, o município registra 1.928 notificações, 126 casos descartados, 51 casos suspeitos e três óbitos.
O litoral do Paraná tem 1.141 casos em investigação da doença, sendo Guaratuba (327); Morretes (251); Matinhos (237); Pontal do Paraná (193); Paranaguá (80); Antonina (51) e Guaraqueçaba (2).
Em relação a Chikungunya e Zika Vírus, não há confirmações nos municípios que compõem a 1.ª Regional de Saúde.
PARANÁ
O Paraná atingiu na terça-feira, 12, o maior número de novos casos de dengue em uma semana deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. São 17.044 casos a mais do que o registrado no boletim da semana passada, totalizando agora 90.972 casos confirmados da doença. O informe semanal publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) traz também 12 novos óbitos, ocorridos entre os dias 7 de janeiro e 27 de fevereiro.
Este é o 27º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa. O boletim registrou, também, 222.590 notificações, 55.247 casos em investigação e 70.251 descartados. Dos 399 municípios paranaenses, 333 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e 397 tiveram notificações.
As Regionais de Saúde com mais casos confirmados são a de Apucarana (17.780 casos), Cascavel (11.079), Francisco Beltrão (8.782), Londrina (7.951) e Maringá (7.739). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (11.793), Londrina (6.289), Cascavel (4.448), Maringá (4.184), Paranavaí (3.331), Ivaiporã (2.342), Quedas do Iguaçu (2.256), Dois Vizinhos (2.249), Jandaia do Sul (1.727) e Antonina (1.725).
As 12 mortes que constam neste informe são de pessoas entre dois e 92 anos, cinco delas sem comorbidades. Três óbitos ocorreram na Regional de Cascavel, nos municípios de Boa Vista da Aparecida, Lindoeste e Nova Aurora; dois óbitos foram na Regional de Paranavaí, ambos no município de Planaltina do Paraná; dois óbitos aconteceram na Regional de Londrina, em Rolândia e Londrina; e dois óbitos foram na Regional de Toledo, nos municípios de Terra Roxa e Toledo. Maringá, Siqueira Campos e Santa Terezinha de Itaipu registraram um óbito cada.
CHIKUNGUNYA
O novo boletim confirmou, ainda, nove novos casos de chikungunya, somando 88 confirmações da doença. Do total de casos, 55 são autóctones. Há, ainda, 294 casos em investigação e 794 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 79 notificações.
SINTOMAS
A Sesa alerta para os sintomas da dengue: febre, cefaleia, fraqueza muscular (adinamia), mialgias (dor muscular), dor nas articulações (artralgia) e a dor retro-orbitária.
A doença é dividida em três fases clínicas (febril, crítica e de recuperação): a fase febril ocorre nos primeiros três dias do início dos sintomas; a fase crítica ocorre após o terceiro dia, sendo a da diminuição da febre, podendo surgir os sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa); e a fase de recuperação ocorre aproximadamente no sexto dia evoluindo com progressiva melhora clínica.
A coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, lembra que um diagnóstico e tratamento oportunos podem favorecer uma recuperação rápida. “Em caso de suspeita de dengue, a indicação é procurar a unidade de saúde mais próxima. O tratamento é iniciado já na suspeita do caso, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial (biologia molecular ou sorologia) para iniciar o protocolo de Manejo Clínico da Dengue. A hidratação é uma das medidas mais eficazes para que pacientes suspeitos de dengue tenham uma recuperação rápida”, reforça.
PREVENÇÃO
Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, além da zika e chikungunya, que também são transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, por isso algumas ações da população são tão importantes no enfrentamento à doença:
– Não deixar água parada, eliminando os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evitando desta forma a procriação.
– Não acumular água em pratos de vasos de plantas. Colocar areia fina até a borda do pratinho.
– Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo.
– Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana. Caso precise mantê-los, guarde em local coberto.
– Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada.
– Limpar frequentemente as calhas e a laje das casas.
– Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana.
– Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas.
– Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças.
– Permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias em sua residência ou estabelecimento comercial.
Com informações da Sesa