Ciência e Saúde

Ansiedade aumenta no fim de ano?

Psicólogo explica que o início de um novo ciclo pode influenciar no comportamento das pessoas...

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Neste período, muitas pessoas analisam tudo o que foi feito durante o ano, o que ainda precisa ser realizado e, junto a isso, ainda há a necessidade de estar com a família, de comprar presentes, de fazer a ceia entre outros. São muitas cobranças e responsabilidades para um só mês e, é claro, que diante de tantas atribuições a ansiedade também bate à porta.

O psicólogo e professor Eduardo Fraga disse que nem todas as pessoas ficam, de fato, ansiosas com o fim de ano. A ansiedade pode ser entendida a partir de diferentes definições, mas é possível pensá-la como algo relacionado à expectativa de eventos futuros.

“A aproximação do fim do ano e os significados específicos que esta data pode ter para determinada pessoa como, por exemplo, o de fechamento de um ciclo e a abertura de novas possibilidades pode contribuir para deixar alguém mais ansioso. O aumento da ansiedade pode estar relacionado a expectativas negativas quanto a eventos futuros”, disse.

Segundo ele, as fantasias em relação ao evento futuro podem colaborar para que as pessoas se sintam mais ansiosas.

SOLUÇÃO

De acordo com Fraga, a psicologia aposta que a possibilidade de compartilhar nossos sentimentos e incertezas diante de alguém que nos ofereça uma escuta atenta pode auxiliar na elaboração de nossos conflitos. “Sendo assim, uma rede de apoio, laços familiares e de amizade podem auxiliar o sujeito a ressignificar suas crenças e fantasias que geram ansiedade. Caso o indivíduo permaneça em sofrimento deve procurar  um profissional qualificado”, ressaltou o profissional.

REFLEXÕES

As famosas reflexões de fim de ano, momento em que as pessoas pensam sobre o que foi realizado com sucesso e o que ainda ficou para fazer em 2018, podem trazer uma sensação de fracasso.

“Por vezes, a visão de fracasso diante de planos estabelecidos no início do ano pode contribuir para que o indivíduo se sinta em déficit consigo e este fato, por sua vez, poderá incidir sobre sua autoestima e gerar sentimento de menos-valia. Eu não considero prudente afirmar que alguém se sentirá 'mais depressivo' ao final de um ano, mas acredito que pode se tratar de um momento de elaboração de uma retrospectiva pessoal que poderá tanto representar uma trajetória de sucesso ou de fracasso, de acordo com as expectativas do indivíduo perante si e o outro”, analisou Fraga.

Caso o cidadão já se encontre em questionamento a respeito de suas crenças, fantasias e posicionamento diante de si e do outro, o fim de ano pode sim representar a possibilidade de reconciliações.

“Por outro lado, se a pessoa não se questiona, não se indaga e, por conseguinte, não oferece a si a chance de se reposicionar diante da vida, a chegada do final do ano pouco ou nada tem a contribuir para possíveis reconciliações”, frisou o psicólogo.

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