conecte-se conosco

Cidadania

Voluntárias relatam a importância de realizar trabalhos sociais em prol da população

Julia Muñoz e Juliana Gomes atuam como associadas em Rotary Clubs de Paranaguá

Publicado

em

Em 28 de agosto foi celebrado o Dia Nacional do Voluntariado. A data busca destacar a relevância do trabalho de pessoas que doam seu tempo, energia e talento, de maneira espontânea e não remunerada em prol de causas sociais, motivadas pela solidariedade.

Grupos, organizações, ongs, entre outras representações espalhadas pelo mundo inteiro coordenam campanhas, projetos e ações com o foco em iniciativas que visam o trabalho social e o bem-estar das pessoas que são atendidas e que vivem em situação de vulnerabilidade social.

A Folha do Litoral News conversou com duas mulheres, moradoras em Paranaguá, que praticam o serviço voluntário na região, através do Rotary Club, uma organização mundial.

Julia Elisa Toro Muñoz, associada ao Rotary Club de Paranaguá Rocio e ao Grupo Escoteiro do Mar Ilha do Mel (GEMIM), contou que o voluntariado lhe traz uma satisfação pessoal. “O trabalho voluntário significa que eu posso ajudar um grupo ou uma comunidade, doando meu tempo e conhecimento em projetos ou ações de interesses sociais e comunitários que me trazem uma grande satisfação pessoal”, disse.

Julia Elisa Toro Muñoz é associada ao Rotary Club de Paranaguá Rocio e ao Grupo Escoteiro do Mar Ilha do Mel

De acordo com a voluntária, ao realizar um trabalho social, é gratificante receber o sorriso de uma criança em troca, algo que lhe chama atenção. “Desde criança fazia visitas em hospital e depois conheci o Rotary e o Rotaract. Agora, em Paranaguá, eu encontrei o Rotary Club de Paranaguá Rocio e aqui estou há sete anos, juntamente com novos companheiros e amigos, mas com os mesmos objetivos. O que mais me chama atenção é quando vejo, no olhar, o brilho de alegria da criança ou do adulto, não importa o cansaço, é gratificante”, contou Julia.

Ao realizar o voluntariado, a pessoa adquire diversos conhecimentos que poderão ser aplicados no dia a dia e até no local de trabalho. “Dentro do pessoal, mudou minha maneira de olhar o próximo, com muito mais empatia. O que para nós é pouco, para alguns é muito. Já na parte profissional, utilizo o conhecimento dentro da área de atuação para melhor atender em um projeto ou ação.  Isso me traz um maior senso de responsabilidade”, relatou a rotariana Julia.

A Agenda 2030 da ONU reconhece explicitamente os grupos voluntários como partes interessadas no alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Assim, a ONU busca promover a inclusão social, econômica e política de todos, bem como garantir a igualdade de oportunidades e reduzir a desigualdade, contribuindo, assim, para a consecução do ODS 10 – Redução das Desigualdades.

Outra voluntária, moradora em Paranaguá, é Juliana de Oliveira Gomes, associada ao Rotary Club de Paranaguá. Ela contou como começou essa paixão pelo trabalho social. “A minha paixão pelo voluntariado começou vendo meu pais, que já eram voluntários na igreja, clube de serviços e em outros grupos também. Acredito que eu e os meus irmãos aprendemos pelo exemplo que tivemos em casa. Assim sendo, foi natural que eu me apaixonasse e seguisse pelo caminho do voluntariado, da doação, seja do meu tempo ou das minhas habilidades”, disse. 

Juliana de Oliveira Gomes, associada ao Rotary Club de Paranaguá

Ao ser perguntada sobre desprender de tempo no seu dia a dia para dedicar-se a área social, Juliana destacou que o maior benefício é estar com a consciência tranquila. “Costumo dizer que sou rica daquilo que o dinheiro não compra. Para mim o maior benefício é a consciência tranquila de que fiz o que estava ao meu alcance e com as ferramentas que eu tinha no momento para impactar de maneira positiva a vida de alguém ou de uma comunidade”, pontuou a rotariana.

Fato é que o voluntariado é um conjunto daqueles que se dedicam a uma atividade por vontade própria a fim de ajudar pessoas e comunidades. Ou seja, são inúmeras as formas de prestar um trabalho voluntário.

“O que mais me chamou a atenção, em todos esses anos, é a quantidade de atividades que desenvolvemos, nos grupos que participo, em prol de pessoas em situação de vulnerabilidade. Quando estou na minha bolha de conforto e privilégios é difícil imaginar a quantidade de mazelas que existem aqui em Paranaguá. Porém, quando estamos em ação e percebemos a precariedade que algumas famílias vivem isso ainda me chama bastante atenção. Entretanto, embora haja tantas coisas não boas ainda me chama a atenção o quão humana a população da nossa cidade é, sejam os parnanguaras de nascimento ou aqueles que escolheram aqui para viver, as pessoas daqui são donas de um grandioso coração voltado para o bem! Ouso falar que em quase 20 anos como voluntária se eu ouvi duas respostas negativas para apoiar nossas ações foi muito. A verdade é que ainda há muito a ser feito, mas existe muita gente boa para fazer ou auxiliar”, concluiu Juliana.

Em alta

plugins premium WordPress