Em julho deste ano, a Secretaria de Assistência Social divulgou que Paranaguá ganharia uma Casa de Passagem, na qual os moradores poderiam passar a noite. Hoje, o que existe em funcionamento é o Centro POP, que os acolhe e oferece refeições, banho e atendimento especializado.
No entanto, segundo o secretário de Assistência Social, Levi de Andrade, não será possível implantar a Casa de Passagem agora, já que é preciso procurar um novo espaço. “O intuito era fazer no antigo Lar das Meninas, no bairro Emboguaçu, entretanto, em razão da presença de creches e escolas, muito embora o sistema será muito diferente do que era o albergue anteriormente, desistimos desse local e estamos procurando outro”, ressaltou Andrade.
A equipe e a forma de funcionamento do espaço já estão definidas, por isso, a tendência é que, em breve, a Casa já esteja ativa. “A medida é necessária porque não é só entregar o café e o almoço, porque a secretaria não é restaurante nem hotel, mas faz parte de um trabalho para convencer a pessoa a sair dessa situação lamentável que é a de residir nas ruas”, declarou Andrade.
Os moradores terão que passar por um cadastro do Centro Pop, que oferecerá o transporte para a Casa. A lei não permite que qualquer cidadão fique por mais de 90 dias em casas de passagem. Neste período, as equipes tentam a reinserção na família, um local para tratamento caso seja dependente químico, a colocação no mercado de trabalho e a volta aos estudos.
DESPEJO
Uma foto circulou nas redes sociais recentemente mostrando uma van que deixava moradores em situação de rua em Paranaguá próximo ao viaduto da Avenida Roque Vernalha. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, a informação não procede, já que não foi registrado um aumento elevado no número de moradores nessas condições nas últimas semanas.
O secretário esclareceu que não tem conhecimento desse fato, mas caso haja uma denúncia de que isso realmente esteja acontecendo em Paranaguá, medidas terão que ser tomadas, já que a ação é proibida. “Se for descoberto algo, tomarei as providências judiciais cabíveis, pois isto é chamado de ‘higienização social’ e é proibido por lei”, ressaltou Andrade.
Secretário Levi Andrade: “Se for descoberto algo, tomarei as providências judiciais cabíveis, pois isto é chamado de ‘higienização social’ e é proibido por lei”, ressaltou
Devido às festividades que ocorrem na cidade nos meses de junho e julho e ao inverno ser mais ameno que na capital, muitos moradores em situação de rua migram para Paranaguá. Por isso, nesta época é comum observar uma queda deste índice por meio do trabalho da secretaria. “Neste período, eles começam a ir para outros locais e, nos meses de novembro e dezembro, tendem a ir para as praias e o número de moradores na cidade diminui ainda mais”, disse Andrade.