A Organização Teto Brasil, que constrói moradias em comunidades carentes, esteve em Paranaguá na última semana para dar sequência ao programa Moradia de Emergência. No ano passado, 20 famílias foram beneficiadas na Vila Santa Maria e, desta vez, esta região recebeu mais 13 delas, além do bairro Vila São Jorge, que recebeu sete moradias.
As casas coloridas de 18 m², compostas por um cômodo de 6×3 metros, são construídas em três dias, dois destinados à montagem e um para acabamento. A diretora operativa na Teto Paraná, Marcelle Borges Menes da Silva, explicou como se dá a escolha dos bairros para receber a iniciativa. “Fazemos um mapeamento pela Internet, pegamos alguns dados e fazemos uma visita para ver se de fato são locais que precisam. Fazemos um questionamento com os moradores sobre o tempo de existência da comunidade, se há algum tipo de liderança comunitária e elencamos o local em que vamos trabalhar”, contou.
Na Vila Santa Maria, cerca de 150 voluntários, entre moradores e integrantes da Teto Brasil, auxiliaram na construção das casas. Já na Vila São Jorge foram cerca de 110. “Trabalhamos com um modelo comunitário, em cima da ideia de que a mudança não depende apenas da gente. Tanto que só construímos a casa se o morador estiver participando de todo o processo”, afirmou Marcelle.
CONQUISTA
Para alguns moradores, a casa representa uma conquista. Para Ariete Ferreira de Albuquerque, que mora em uma casa com poucos recursos e que está desgastada com o tempo, na Vila São Jorge, a mudança significa um grande avanço. “A minha casa atual não tem assoalho, é só tábua, por isso vou cuidar bem direitinho da casa nova”, afirmou.
Todo o processo foi bem avaliado pela moradora, que contou como a iniciativa chegou até ela. “A construção foi muito boa, gostei muito. Nós ajudamos a construir, a equipe foi muito legal com a gente. As pessoas vieram antes conversar, projetaram a casa e já começaram a fazer. Estamos contentes e vamos passar tudo para a nova casa”, relatou Ariete.