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Ação Social

Palavras de esperança: crianças em Paranaguá fazem cartas para desabrigados do Rio Grande do Sul

Solidariedade e amor ao próximo motivaram ação

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Doações são enviadas de todos os Estados para o Rio Grande do Sul. Itens de necessidade básica para que a população desabrigada possa sobreviver até ter a chance de reconstruírem suas casas e suas vidas. Além de donativos, essas pessoas também precisam de apoio emocional. Muitas são resgatadas sem ferimentos, mas abaladas com os fatos registrados nos últimos dias. 

E as notícias abalam pessoas de todas as idades. Crianças, jovens e adultos sofrem pelas perdas e pela falta de perspectiva que os temporais deixaram. Apesar da imaturidade, as crianças também têm assistido as cenas tristes que são transmitidas para todo o País e o desespero das famílias.

A advogada Karina Buchvaitz é gaúcha e mora há dez anos em Paranaguá. Ela lidera um grupo de meninas de 9 a dezesseis anos da Primeira Igreja Batista no município chamado “Mensageiras do Rei”.

cartas feitas pelas crianças
Cartinhas serão enviadas junto com doações

“A gente se reúne todas as quintas-feiras para fazer as atividades normais e alguns sábados para fazer os estudos. E também tem o serviço real, que é tudo aquilo que a mensageira faz para alguém por amor a Jesus. Já fomos no Instituto Peito Aberto, no Asilo, levamos chocolates para entregar para crianças, já preparamos lenços para entregar no Outubro Rosa, já separamos roupas no ano passado também, entregamos brinquedos no Natal”, explicou Karina.

Dentro desse contexto de trabalhar a empatia e a solidariedade, ela teve a ideia de incentivar as crianças e adolescentes a produzirem cartas aos desabrigados como forma de apoio emocional aos que passam por esse momento de dor.

“A sensibilidade delas me chamou muito a atenção, me emocionou quando li ambas as cartas. Não teve interferência nenhuma, a gente só pediu para elas escreverem. O conteúdo das cartas é bastante forte. Além de donativos, as pessoas estão precisando de palavras, para eles saberem que tem pessoas que olham e oram por eles e que, independente da linha de religião, é importante saber que Deus é o que nos prove tudo e que a gente pode perder todas as coisas materiais, mas se a gente tiver Deus, Ele é capaz de preencher todo e qualquer vazio que tenha na nossa alma”, destacou Karina.

Mensageiras

Isabela Arozo, de 13 anos, escreveu uma cartinha que será enviada para crianças desabrigadas no Estado gaúcho. O que mais a sensibilizou foi ver pessoas perdendo as casas e muitas nem conseguindo deixar seus lares.

“Teve vários áudios e notícias que me deixaram bem triste. Porque eu fico pensando que poderia ser comigo e seria algo muito ruim. Eu me sentiria muito mal. Quando via as notícias pensei que poderia ajudar com doações de roupas, comidas, material de higiene, essas coisas. Na escola e entre os meus colegas, a gente comenta, é algo que deixa todo mundo triste, todo mundo fica sensibilizado”, observou Isabela.

Ela aceitou escrever a carta como uma forma de ajudar as pessoas. “Eu achei a ideia legal, porque eu me sentiria bem recebendo uma carta, uma mensagem de uma pessoa que eu não conheço e que eu sei que se importa comigo. Quis transmitir que essa pessoa não está sozinha e que Deus vai ajudar ela, que ela vai estar segura, que Deus vai ajudá-la. Por mais difícil que seja, vai dar certo, ela pode ter perdido várias coisas, mas Deus vai ajudar”, ressaltou Isabela.

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Eduarda Pinto, a Duda, de 8 anos, faz parte do grupo Amigos de Missões, também da Primeira Igreja Batista, e também quis escrever sua carta. Ela separou alguns dos seus brinquedos para doação. “Eu fiz a cartinha para o povo do Rio Grande do Sul ficar feliz. O que mais me chamou a atenção foi ver famílias perdendo pessoas. Me sinto feliz de poder ajudar, de enviar alguns dos meus brinquedos e saber que outras crianças poderão brincar com eles. Que outras crianças escrevam também e ajudem porque isso é algo que Deus gosta”, afirmou Eduarda.

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