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Editorial

Tecnologia sem moderação também é vilã na formação infantil

O estudo revela que apenas 37% das crianças entrevistadas respeitavam o limite estabelecido para o uso dos dispositivos eletrônicos.

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Sabe-se que a tecnologia tem sido uma aliada da educação, nos últimos tempos, quando se trata de modernidade e aplicativos utilizados em sala de aula para personalizar o processo de aprendizagem. Atualmente, aplicativos e softwares utilizam a inteligência artificial para assimilar o nível de conhecimento e o rendimento de aprendizado do estudante.

No Paraná, recentemente, o Governo do Estado lançou um aplicativo chamado “Escola Paraná”, destinado aos estudantes e aos pais da rede estadual de ensino, o qual reúne diversos recursos como boletim, agenda, grade, eventos, entre outros. O intuito é facilitar a participação de pais, estudantes e professores e aproximá-los na comunidade escolar, utilizando a tecnologia. O exemplo é bom.

Porém, a tecnologia também pode ser a grande vilã na formação de crianças e adolescentes, caso não seja utilizada com moderação e não orientada como ferramenta instrutiva pelos pais e ou responsáveis. Um estudo publicado no periódico científico The Lancet Child & Adolescent Health mostra, por exemplo, que usar dispositivos eletrônicos, incluindo celulares, tablets e computadores por mais de duas horas diárias prejudica o desenvolvimento cognitivo dos pequenos.

O estudo revela que apenas 37% das crianças entrevistadas respeitavam o limite estabelecido para o uso dos dispositivos eletrônicos. Em geral, as crianças gastavam 3,6 horas diárias em frente às telas. Apenas 51% dormiam a quantidade de horas recomendada e somente 18% praticavam pelo menos uma hora por dia de atividade física. Ou seja, na prática, as crianças não são monitoradas na Internet e os pais (entrevistados no estudo) sequer controlavam o tempo em que os menores passavam em frente às telas, assim como o conteúdo visto.

A Internet, de fato, virou terra de ninguém e, com isso, torna-se arriscado deixar as crianças vulneráveis à tecnologia sem cuidados. O que se sabe é que, hoje, as crianças passam mais tempo na frente de celulares que leem um livro.

Segundo especialistas, há evidências de que o comportamento assíduo nas telas pode causar déficit de atenção e hiperatividade. 

Sem dúvidas, isso soma as evidências existentes sobre potenciais ligações negativas dos aparelhos tecnológicos com o desenvolvimento cognitivo das crianças. É preciso que os pais, mães e responsáveis estejam atentos a esse processo e estimulem os filhos à leitura através de livros, jornais, revistas ou materiais impressos que ajudem na argumentação, na leitura, na escrita e acima de tudo, na formação educacional.

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