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Economia

Medicamentos estão até 4,76% mais caros

Novos valores começaram a ser aplicados na sexta-feira, 31 de março

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Na semana passada, os brasileiros que tomam remédios com frequência tiveram uma notícia desanimadora. Uma resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) foi publicada no Diário Oficial da União, autorizando o reajuste anual de preços dos medicamentos para 2017. Os aumentos vão de 1,36% a 4.76% e começaram a valer na sexta-feira, 31 de março, nas farmácias de todo o País.

De acordo com o Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano. “Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, informou.

O reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos que estão disponíveis no mercado varejista brasileiro.

O Sindicato destacou, ainda, que a indústria farmacêutica é o único setor submetido a controle de preços. “À exceção das concessionárias de serviços públicos, a indústria farmacêutica é regida por uma fórmula de reajuste que restringe a recomposição das planilhas de custo e penaliza os ganhos de produtividade”, afirmou, em nota, a Sindusfarma.

VENDA FRACIONADA

Vale ressaltar, ainda mais neste momento em que os medicamentos vão somar mais nos orçamentos domésticos, sobre a venda fracionada, que está em vigor há 10 anos no Brasil, mas ainda é desconhecida por grande parte do público. Desta forma, o consumidor pode optar por levar apenas a quantidade indicada pelo médico e não uma cartela cheia, se isso não for necessário, gastando menos.

INSATISFEITOS

Os consumidores não gostaram da notícia do aumento dos preços dos remédios. Ainda mais aqueles que precisam comprar em grande quantidade para tratamentos de doenças crônicas. É o caso de Ivanilde Soares, de 81 anos, moradora em Pontal do Paraná. “Tomo remédio para pressão arterial, para o coração, mas ainda não percebi diferença nos preços porque estou esperando pegar o dinheiro da aposentadoria nesta semana para comprá-los”, contou. “Nós contribuímos e chega na hora, nem o remédio que a gente precisa consegue comprar”, completou Ivanilde.

Para Rosicleia Gonçalves Costa, o reajuste atinge uma parcela da população que realmente precisa desses medicamentos. “Acho um exagero esses preços para quem está aposentado. É um impacto significante no nosso bolso”, disse. Segundo ela, os remédios fornecidos de forma gratuita não oferecem os resultados que esperam.

 

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