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Economia

Bancos retornam da greve e população enfrenta filas gigantescas

O acordo com os bancários prevê 8% de reajuste e abono de R$3.500

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Após 28 dias de greve e em processo de negociações, a mais longa dos últimos anos, a greve dos bancários chegou ao fim na quinta-feira, 6, no litoral. Sendo assim, muitas pessoas recorreram aos serviços bancários e casas lotéricas para resolver pagamentos em atraso e outras pendências que não puderam ser resolvidas devido à paralisação.

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi aceita em assembleias da categoria na sexta-feira, 7. O acordo prevê 8% de reajuste, abono de R$3.500, elevação de 15% no vale-alimentação, de 10% no auxílio creche/babá, entre outros itens, de acordo com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018 está agendada para a quinta-feira, 13, às 16h, em São Paulo. A antecipação da Participação nos Lucros e Resultado (PLR) e o abono serão pagos no dia 24 de outubro, como sinalizou a Contraf.

 

 

Como na sexta-feira, 7, foi feriado municipal em Paranaguá, os bancos abriram somente ontem, segunda-feira. Mas, nos outros municípios do litoral, as agências bancárias já retornaram ao trabalho na sexta-feira.

 

BALANÇO DA GREVE

O presidente do Sindicato dos Bancários de Paranaguá e Região, Samuel Ribeiro da Fonseca, afirmou que a greve teve adesão total no litoral paranaense, com 31 agências bancárias fechadas nos municípios de Guaratuba, Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná, Antonina e Morretes. “Esta foi a maior paralisação dos últimos 10 anos, mas não alcançamos tudo o que queríamos. O índice de inflação foi de 9,62% e chegamos a 8%”, avaliou. “Mediante a luta que foi, com a greve, nós atingimos apenas 13% dos serviços bancários. Apenas 13% estava paralisado. Os outros 87% funcionaram normalmente, que são as casas lotéricas, banco popular, caixa automático e Internet. É uma margem muito pequena, mas nós, a população, ficamos sujeitos a isso”, analisou Fonseca.

De volta às agências, os bancários terão algumas vantagens, como contou o presidente do Sindicato. “Os dias parados não serão descontados, não pediram para repor e se o bancário passar do horário haverá pagamento de hora extra”, explicou. Durante a última negociação, ficou decidido também que no próximo ano não haverá greve. “Teremos 1% de aumento acima do índice da inflação no ano que vem. Não teremos greve, essa decisão já está feita”, anunciou.

 

LEI DA FILA NOS BANCOS

A lei sancionada em 2001, no Paraná, determina que o cliente pode esperar por atendimento, no máximo, 20 minutos em dias normais e até 30 minutos em véspera ou após feriados prolongados. No caso do atendimento preferencial – voltado para idosos, gestantes, pessoas portadoras de deficiência física e pessoas com crianças de colo – o tempo cai para 15 minutos. Estes prazos, inclusive, devem ser informados aos clientes por meio de cartazes.

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