Adeus ano velho, feliz ano novo

“Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos”.   Esse pensamento expresso por Luiz Vaz de Camões, no século XVI, ajusta-se à vida de todos nós, hoje, no século XXI. De nada vale desejarmos a nossos amigos um ano novo feliz, se agasalharmos no âmago do coração o desânimo, pouca vontade para inovar, ressentimentos por fatos de menor importância. Quantos de nós demonstramos alegria aparente para ocultar a tristeza por sabermos as necessidades vividas por seres bem próximos, para os quais quase nada podemos fazer para melhorar suas vidas desencantadas. Olhamos mendigos perambulando em busca de um pouco para minorar suas necessidades, crianças tristes por nada terem recebido no Natal, sentimos piedade, logo esquecida, e voltamos para a nossa própria vida, ressentidos pela incapacidade para desatar esses nós criados pelo nosso precário sistema social, benéfico para poucos privilegiados. A bem da verdade, boa parte da culpa pelos desníveis existentes na população brasileira cabe a nós que outorgamos com nossos votos o comando do Brasil a cidadãos aparentemente preparados e conscientes para dirigirem os destinos do nosso país. Camões tinha razão: não devemos repetir os erros dos anos velhos. Vamos inovar. As lições negativas dadas pelos dirigentes do Brasil impregnaram nossas mentes com a repulsa pelos atos por eles praticados. Busquemos com inteligência os cidadãos capazes e honestos para novos anos de Governo. Não nos deixemos iludir por apelos emotivos de candidatos fantasiados de salvadores da pátria, cujas máscaras ocultam a face negra da ambição desmedida, do despudor, da incompetência, do desinteresse pela vida dos desamparados. Peçamos a Deus que nos ilumine para que não nos pecamos no caminho em busca da paz social; que nos dê coragem e decisão para virarmos definitivamente a atual página da história do nosso amado Brasil!

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