Restaurante Di Legno mescla culinária italiana artesanal, tradição familiar e amor a Paranaguá

Um restaurante familiar, com receitas reais vindas diretamente da Itália, tudo isso com ingredientes nobres, com atendimento personalizado em um ambiente caseiro que possui amor a Paranaguá: este é o restaurante Di Legno, localizado na Rua Manoel Pereira, bairro Leblon, 1134. O proprietário, Victor Léo Broetto, destacou que todos os pratos oferecidos são provenientes de receitas da família Broetto, feitas pelos seus bisavós e avós italianos, que vieram ao Brasil no final do século XIX, bem como de sua experiência residindo na Itália, onde trabalhou com gastronomia durante anos e serviu ao Exército.

“Em 1895, meus bisavós e avós chegaram ao Brasil e se instalaram no Rio Grande do Sul. Lá eles atuaram no Moinho Progresso na produção de massas, local que posteriormente foi repassado para outros funcionários e virou uma fábrica, que hoje é a grande marca Isabela. Esta tradição de produção de massa sempre esteve conosco. Até então, eu, meus pais e meus irmãos, fabricávamos as massas caseiras como hobby em casa. Foi então que em 2016, surgiu a ideia de tocar isto adiante e este ano, em março, conseguimos inaugurar o restaurante”, afirma Broetto.

“Estamos indo bem neste início devido à qualidade das nossas massas. Não quero usar de falsa modéstia, mas eu garanto que nossas massas são as melhores de Paranaguá. Também produzimos nosso próprio molho de tomate que é suave e único”, comenta Victor Broetto. Segundo ele, alguns dos destaques são as lasanhas de camarão e a caiçara, que é feita com barreado, misturando a culinária italiana com o prato típico do Paraná. 

 

HISTÓRIA DE VIDA E PROPOSTA GASTRONÔMICA

 

Nascido e criado em Paranaguá, Victor Léo Broetto ressalta que seus familiares vieram do Rio Grande do Sul a Paranaguá após a crise da bolsa de Nova York, em 1930, quando seu avô “fez dinheiro” vendendo madeira para os primeiros berços do Porto de Paranaguá, enquanto o seu pai estudou e atuou em diversas áreas profissionais no município. “Meu pai veio do Rio Grande do Sul. Aqui conheceu a minha mãe que era de Guarapuava e teve três filhos, entre eles eu”, explica.

 

Lasanha de camarão: um dos carros-chefes do cardápio italiano

 

Com dupla cidadania, brasileira e italiana, o proprietário do Di Legno residiu por quatro anos na Itália, onde inclusive serviu ao Exército, assim como contou com experiências profissionais em estabelecimentos gastronômicos da Itália. “Sempre trabalhei em solo italiano em restaurantes, como garçom ou na cozinha. Muita coisa que oferecemos aqui no nosso restaurante eu aprendi na Itália. A lasanha é o nosso carro-chefe. No entanto temos diversos pratos de macarrão, carnes, sobremesas típicas italianas, assim como algumas adaptações locais. Temos um caderno de vinhos bem selecionados”, explica Broetto.

“Temos um preço justo. Uma das nossas ideias é voltar às origens. Fazer as massas como elas eram feitas na época da colonização italiana. Meu pai comeu o ravióli e falou que era o mesmo que a nona italiana dele tinha feito. Não queremos ‘gourmetizar’, queremos voltar com a tradição e isto é algo que eu não posso cobrar caro, até pela oportunidade das pessoas conhecerem a nossa proposta. Temos um estabelecimento modesto, mas a comida é de extrema qualidade e aqui a pessoa vem e consegue buscar o prazer em comer”, destaca, reforçando a identificação e simpatia do povo brasileiro com a Itália.

“Sempre renovamos os nossos pratos. Lançamos recentemente o filé com spaghetti à carbonara, que é feito igual na Itália, como eu aprendi a fazer lá. Último prato lançado foi o filé mignon com ravióli ao molho ‘al sugo’, recheado com ricota e tomate seco. O tomate seco  que utilizamos inclusive é cultivado na Itália, em Nápoles, próximo ao vulcão Vesúvio, uma terra adubada com lava vulcânica. Isto exemplifica que nossos produtos são diferentes e nobres. Nosso azeite é de qualidade e italiano, enfim, são detalhes que demonstram o nosso diferencial ao consumidor que é a qualidade”, complementa.

TRADIÇÃO COM TECNOLOGIA

Uma das linhas do Restaurante Di Legno é a divulgação e interação com clientes pelas redes sociais. “Assim como o jornal, as redes sociais são meios ativos para se chegar às pessoas, mas te digo que ainda tem muita gente que não sabe do nosso restaurante. Queria deixar bem claro que aqui passamos uma tradição de família. Não tenho a pretensão de ser o maior, mas sim em ser o melhor. É primordial começar com uma qualidade, mantê-la ou melhorá-la. Nosso cliente come uma comida caseira, feita com carinho e amor, por isso mantemos o restaurante em um ambiente mais recatado e pequeno, para o cliente vir aqui comer e se sentir na Itália. Estamos trabalhando para ainda inserirmos mais novidades no nosso ambiente”, ressalta Broetto.

Outra técnica adotada no restaurante é a do “slow food”, com foco que o cliente não só venha comer de forma rápida, mas sim que faça uma experiência gastronômica de interação e envolvimento familiar. “Que o cliente não tenha pressa. Que venha aqui, interaja com a família, com os amigos. Enfim, a intenção é de que a pessoa venha, converse, dê risada, pois quando vem o prato a pessoa toma uma surpresa com uma comida excelente e um experimento diferenciado”, explica o proprietário.

“Convido todos a virem conhecer o restaurante Di Legno, prometo que não vão se decepcionar e vão gostar muito. Apesar do pouco tempo que estamos instalados recebemos muitos elogios. Paranaguá é uma cidade muito acolhedora, eu como parnanguara posso falar isso e eu gosto de receber as pessoas na minha casa. As pessoas que vão vir aqui vão ser recebidas como se fosse na minha casa. Paranaguá merece um local com esta com tradição e bom atendimento. Queremos ser um grão de areia nesta reconstrução da autoestima do parnanguara”, finaliza Broetto.