Valmir Gomes

Valmir Gomes

No primeiro dia de maio de 1912, se deu a histórica reunião da fundação do Operário Ferroviário de Ponta Grossa. Levou mais de...

PARABÉNS, OPERÁRIO DE PONTA GROSSA

No primeiro dia de maio de 1912, se deu a histórica reunião da fundação do Operário Ferroviário de Ponta Grossa. Levou mais de 100 anos para ser campeão estadual, mesmo fazendo campanhas históricas neste longo período. Verdadeiros craques já vestiram a camisa preta e branca, muita gente boa foi dirigente do centenário Operário. Anos atrás ganhou seu primeiro título Paranaense, e por estas coisas da bola, no campeonato seguinte caiu para a segunda divisão. Agora em uma campanha extraordinária, subiu de divisão no Campeonato Brasileiro. A festa foi segunda-feira, o estádio estava super lotado, podia até perder de pouco que seria classificado, ganhou por 2 X 1. Ponta Grossa não dormiu, a festa varou a madrugada. Tenho dito e repito, o pessoal de Ponta Grossa gosta de futebol e adora o Operário. Daqui os parabéns ao Operário e sua grande torcida.

 

OPERÁRIO PADRÃO

Muita gente boa, ajudou o Operário na sua vitoriosa caminhada rumo à série C do Brasil.

Começo pelo gestor do futebol e do clube, Álvaro Goes Filho, um verdadeiro mestre como administrador. Chego ao Jackson Schoenberger e Paulo Balancini, dois capacitados dirigentes, que dão suporte ao departamento de futebol. No comando técnico, Gérson Gusmão, comprovou toda sua qualidade. Chego aos atletas, o goleiro Simão foi um paredão, Sosa, Peixoto, Danilo Baia e Chicão nasceram para jogar no Operário, uma regularidade impressionante. O volante Índio e o meia Atos deram show na meia cancha, os prata da casa Lucas Batatinha e Jean Carlos fizeram os gols históricos. A rigor todo grupo foi bem, muito bem. Quero destacar a imprensa, que apoiou o time, e a rádio MV-FM 90,7 equipe do competente e experiente Joel Brasília, que esteve com o Operário em todas as partidas pelo Brasil inteiro. Como dizem os gaúchos, o futebol não vive sem rádio. A comunidade agradece.

 

NEGO PESSOA

No início da semana, fomos surpreendidos pelo falecimento do Carlos Alberto Pessoa, o querido Nego Pessoa, como era chamado por seus inúmeros amigos. Nego veio de Irati, com passagens pelo Rio de Janeiro, onde conheceu a nata da crônica nacional. Como gostava de futebol, conviveu com João Saldanha e Russo, duas figuras extraordinárias pelo conhecimento da vida e do esporte. Russo foi craque no campo, e professor de futebol do Nego Pessoa e de muita gente boa da época. Em Curitiba Pessoa fez de tudo na crônica, foi colunista da Gazeta do Povo e de vários jornais e revistas, também foi comentarista de rádio e televisão. Era inteligente e bem humorado, dominava vários assuntos, como política, esporte, economia, história, e por aí vai. Conheci o Nego Pessoa por intermédio do Vinicius Coelho, outra lenda da crônica, e durante anos trocamos ideias sobre futebol e afins. Pelo menos a cada 20 dias, o Nego me telefonava e durante 30 minutos trocávamos informações. Lembro das últimas ligações, falamos sobre o bairrismo gaúcho, que ele adorava! E no derradeiro telefonema, ele queria saber minha opinião sobre o atual Fluminense, uma das suas paixões. Combinamos tomar um café, para falar da posição de centroavante e de goleiro. Ele era fã do Fred e do Jairo, os dois jogaram no tricolor das Laranjeiras. Por estas coisas do destino, ao se despedir, o Nego Pessoa me disse: "os assuntos são bons, vamos falar com calma sem pressa, para aproveitar bem o tempo". O querido Nego Pessoa deixa um rastro de luz e muita saudade, foi um homem culto e simples, na verdade um sábio.

 

 

 

 

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