Valmir Gomes

Valmir Gomes

Não foi fácil, precisou mudar o comando técnico a filosofia de jogo e logicamente o time, além disto tinha que unir o grupo....

TRINTA E OITO VEZES CAMPEÃO

Não foi fácil, precisou mudar o comando técnico a filosofia de jogo e logicamente o time, além disto tinha que unir o grupo. Muita coisa em pouco tempo. O presidente Bacelar e os diretores Pedroso e Dr Macedo, tiveram a coragem da mudança, sem temer as críticas e os futuros resultados. Deu no que deu. O Coritiba foi campeão estadual, pela trigésima oitava vez. Os tempos de indecisão na escalação ficaram para trás, as vitórias começaram aparecer, levando o time as finais do campeonato, contra o seu mais tradicional adversário Atlético Paranaense. No primeiro jogo uma atuação que beirou a perfeição, 3×0 no tapete sintético da Arena. Veio o jogo final, com segurança defensiva e muita entrega, o empate 0x0 e o título perante a torcida no Couto Pereira. A vitória foi de todos atletas, porém nas finais o goleiro Wilson os zagueiros Wesley e Juninho jogaram acima da média, na meia cancha Galdezani, Alan Santos, casamento perfeito, na frente Henrique Almeida foi um leão. Sem demérito a ninguém Andersson e Kleber foram fundamentais na conquista. Jogaram as finais em alto nível, por isto são dignos de todos os elogios possíveis.

 

PACHEQUINHO

No início da carreira o genial Alex, meia esquerda da cabeça aos pés, reconhecido mundialmente pela excelência do seu futebol, tinha o apelido de Pachequinho. Uma referencia, ao pequeno gigante atacante do Coritiba, que fez história no clube pela excelência do seu futebol. O tempo passou, Pachequinho iniciou uma carreira de treinador nos juvenis, ia muito bem, até que mudanças no clube, fizeram dele um dos olheiros do clube. Coisas do futebol. Um belo dia sob nova direção, voltou ao campo, seu habitat preferido. Como auxiliar técnico e interino, levou a vida nos últimos tempos. Sempre que necessário, nas piores situações, o Pacheco assumia o time e dava conta do recado. Até que um dia o técnico P.C. Carpegiani foi embora, na emergência consultaram os atletas. Kleber foi categórico. "mandaram embora o Gilson Kleina sem necessidade alguma, mantenham o Pacheco". A direção aceitou a sugestão, e o Pacheco comandou o Coritiba ao título. Resgatando uma velha dívida consigo mesmo, ser campeão no seu clube de coração. Parabéns garoto você fez por merecer.

 

A BOLA PUNE

Aprendi no futebol e na vida, que um título de campeão começa pelo respeito aos adversários e a própria competição. Não foi o que aconteceu com o campeoníssimo Paulo Autuori. Cheio de faixa de campeão, fez pouco caso do nosso campeonato e do seu próprio título estadual. Chegou a dizer. " ser campeão no Paraná mancha o currículo" Além de dar combustível ao adversário, magoou os curitibanos e paranaenses, inclusive parte dos atleticanos. O grande Geraldo Damasceno de saudosa memória, dizia do alto da sua sabedoria." No futebol cuidado com as palavras, pois fiquem sabendo, mais cedo do que se imagina a bola pune".

 

OS CAMPEÕES

No Rio de Janeiro deu Flamengo de virada, uma resposta no campo da organização fora do campo. Para quem não sabe o mengao sofreu uma revolução administrativa. Em minas o Atletico cantou de galo, com show de Robinho e Fred. O Corinthians confirmou a boa fase, com recorde de público, empatou com a Ponte Preta e conquistou mais um  campeonato.O Vitória mandou o técnico embora e ganhou o título em cima do seu tradicional adversário Bahia. Em Goiânia o simpático Goiás, venceu duas vezes o Vila Nova, e colocou faixa de campeão no peito. Em Santa Catarina, a Chapecoense ressurgiu das cinzas e conquistou o título. No Rio Grande amado o Novo Hamburgo, que um dia foi Floriano, saiu da sua cidade e foi até Caxias do Sul, empatar no tempo regulamentar e vencer nos pênaltis o Internacional. Um título gaúcho depois de 106 anos. O vale dos sinos vai festejar por longo tempo.


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