Valmir Gomes

Lembrando Iwo Jima

Podia ter sido numa sexta-feira, dia que o pessoal gosta de divertimento e muitos não trabalham no sábado. Podia ter sido num domingo, dia de futebol no país do futebol. Foi justo numa terça-feira às 20h30, que a torcida do Paraná Clube invadiu as dependências da Arena rubro-negra, colocando sua bandeira no ponto mais alto do moderno estádio...

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Podia ter sido numa sexta-feira, dia que o pessoal gosta de divertimento e muitos não trabalham no sábado. Podia ter sido num domingo, dia de futebol no país do futebol. Foi justo numa terça-feira às 20h30, que a torcida do Paraná Clube invadiu as dependências da Arena rubro-negra, colocando sua bandeira no ponto mais alto do moderno estádio. Uma espécie de batalha de Iwo Jima em tempos de paz. Por anos e anos os atleticanos repetiram, que o maior público do Couto Pereira, foi num jogo do Atlético. Nem falam do adversário, porque na verdade foi a torcida do Atlético que proporcionou o recorde. Numa noite mágica, a torcida tricolor lotou por completo a Arena atleticana, deu show, antes durante e depois do jogo. Uma maravilha. O deus do futebol agradece.

 

MÁRIO CELSO PETRÁGLIA

Todos sabem que já tive diferenças homéricas com Petráglia, não concordo com sua maneira prepotente de agir, usando determinadas pessoas. Dito isto vamos ao fato. Quando vi a Arena construída pelo nosso personagem, lotada de paranistas, lembrei das suas previsões e ideias. Petráglia varias vezes me falou, um Estádio único para a cidade de Curitiba. Chegou a sugerir um clube só numa união dos três da capital. Aconteceu até reunião entre os dirigentes do Coritiba, Paraná e Atlético. Um dia soltou o verbo. “Vamos fazer um time para ser campeão do mundo, o primeiro que vou contratar será o Maradona. “Petráglia, como ser humano, tem  lá seus defeitos. Aliás todos temos. Entretanto nas últimas décadas, ninguém dirigiu um clube de futebol, com tanta visão de futuro como ele. Vou mais longe, pensa no macro sempre, independente das cores de camisa. Está à frente do seu tempo. Para finalizar não devo esquecer de mais uma virtude sua, a caridade anônima, muita gente boa sabe disto. Mário 
Celso Petráglia o meu personagem da semana.

 

DUPLA VITÓRIA

A festa começou cedo, a partir das 12 horas já tinha torcedor tricolor nas cercanias da Arena, todos alegres prevendo uma vitória. A noite chegou, o estádio lotou e a bola rolou. O Paraná enfrentava o líder Internacional, um clube campeão do Mundo. A batalha seria difícil, quem sabe decidida num detalhe, como no cabeceio do excelente zagueiro Maidana. A vantagem mínima no placar, não garantia a vitória. Aí entrou o fator torcida e organização tática. O novato técnico Matheus e seu auxiliar Tcheco souberam comandar o grupo ao lado do campo. Nas quatro linhas, o tricolor tinha uma defesa segura barbaridade, porém perdia o rebote na meia cancha. Corrigido isto, o jogo ficou controlado, e as estrelas do colorado gaúcho tiveram pouco espaço para luzir. Nas arquibancadas, a torcida jogava junto, numa simbiose perfeita, que resultou no grande momento dos últimos tempos. Foi uma dupla vitória, nas arquibancadas um show espetacular, no campo uma dedicação exemplar.

 

MEA CULPA 

Como notaram, a coluna de hoje é uma homenagem ao momento do Paraná Clube e da sua torcida. Foi uma noite do futebol, resgatando o passado tricolor.

 

FRASE

“Pudesse eu matar a morte”, frase do escritor John Donne, no seu livro de grande sucesso mundial, Por Quem Os Sinos Dobram.
 

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