O Protocolo de Kyoto

Uma das maiores preocupações da humanidade dá-se no campo das mudanças climáticas. Desde a Conferência de Estocolmo em 1972 e já com maior destaque na Conferência Rio 92, cientistas de todo o mundo debatem sobre a ação do homem nos processos de aceleração do aquecimento global devido às nossas atividades altamente poluidoras. Embora o planeta alterne em sua história entre períodos de muito frio e calor, há provas o suficiente para alegarmos que estamos causando um transtorno na equação de gases da Terra. 

Em 1997 foi assinado no Japão o Protocolo de Kyoto. O principal objetivo deste documento foi determinar as metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera. Em resumo, os países mais desenvolvidos deveriam reduzir as suas emissões enquanto os em desenvolvimento criar maneiras de impactar da menor forma possível a atmosfera. Ao todo cento e quarenta e um países aderiram ao protocolo e o assinaram, comprometendo-se a diminuir a emissão de gases em 5%. Logicamente que neste acordo não tivemos a anuência dos Estados Unidos da América sob a alegação de prejuízos para a sua indústria. 

Este Protocolo passou a vigorar em fevereiro de 2005 tornando o carbono uma moeda de troca global haja vista os países signatários deste, poderem comprar e vender créditos de carbono. Esta redução de gases de efeito estufa (GEE) denominou-se Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O dióxido de carbono (CO2) é um dos principais GEE e a unidade de redução dos gases de efeito estufa equivale a uma tonelada deste gás. Os países que não conseguiram atingir as suas metas de redução podem comprar estes créditos de outras nações. Podemos considerar a assinatura deste protocolo com um marco na proteção climática e na quantificação dos serviços ambientais prestados por cada país no planeta. O sucessor do Protocolo de Kyoto foi o Acordo Climático de Paris de 2015.

Leia também: Eco-92: quando o Brasil entrou no jogo!