Empatia ambiental

Quando experimentamos o que o outro está sentindo e de alguma maneira nos identificamos e nos sensibilizamos com ele estamos sendo empáticos. O meio ambiente deve ser parte disso. Os animais, as plantas, os rios, oceanos e até as rochas compõem o cenário em que habitamos e as nossas inter-relações merecem ser repensadas. Quando vemos a natureza como mera fonte de recursos ao nosso dispor não estamos sendo empáticos e agimos como se não fossemos parte do todo. 

De onde vem a água que bebemos? Como a energia que nos faz termos água gelada foi gerada? Qual o grau de poluição gerado pelo meio de transporte que utilizamos? Para onde vai o nosso lixo? As respostas destas perguntas nos trazem uma aproximação com a gestão do planeta. O conjunto de ações necessárias para gerir a nossa vida deve gerar uma responsabilidade mútua. Tudo está interligado e como diz a terceira Lei de Newton para toda ação há uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto. Hoje já começamos a sofrer com este sentido oposto.

Aquecimento global, poluição das águas, contaminação do solo e alimentos, extinção de espécies, pandemias e alterações climáticas são alguns sinais de que o “sentido oposto” é real e cada vez mais presente causando crises financeiras e sociais além das ambientais. Quando negamos a ciência estamos contrariando a realidade. Consigo ainda ser otimista quanto ao processo de conscientização da humanidade. Estamos aqui somente de passagem e quando olhamos para o legado que estamos deixando neste planeta percebemos que algo precisar ser feito. Podemos até ser o beija flor que com as suas limitações tenta apagar o incêndio da floresta. O que não podemos ser é omissos quanto a nossa responsabilidade. Vamos voar e fazer da empatia ambiental um sentimento universal.

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