Paraná Produtivo

Safra de grãos

A estimativa da safra 19/20 do Departamento de Economia Rural (Deral) indica que a produção total de grãos no Paraná poderá chegar a 41,6 milhões de toneladas em uma área de quase 10 milhões de hectares

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A estimativa da safra 19/20 do Departamento de Economia Rural (Deral) indica que a produção total de grãos no Paraná poderá chegar a 41,6 milhões de toneladas em uma área de quase 10 milhões de hectares. Esse volume é 16% superior ao da safra 18/19, quando foram produzidas 36 milhões de toneladas. O relatório comprova uma safra de soja recorde no Estado, próxima a 20,7 milhões de toneladas. Também houve melhora na avaliação do milho de primeira safra. “Além disso, confirma-se uma área próxima de 2,3 milhões de hectares para o milho da segunda safra, com cerca de 14 mil hectares a mais do que indicava o relatório do mês passado”, avalia o chefe do Deral, Salatiel Turra.

CMN eleva limite
As cooperativas rurais de menor porte ganharam mais facilidade para contratar empréstimos do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou o limite de crédito por associado de R$ 40 mil para R$ 100 mil. Com a mudança, cada associado poderá pegar até R$ 100 mil emprestados, o que favorece as cooperativas com menos pessoas. O limite de contratação de crédito por cooperativa permanece em R$ 65 milhões. O CMN também autorizou que os agricultores familiares e os produtores rurais médios beneficiados com a linha especial de crédito para custeio criada no início do mês para financiarem a compra antecipada de insumos.

Redução nas exigências
O CMN também dispensou a apresentação de alguns documentos dos produtores rurais para a contratação de linhas de crédito. A medida visa evitar deslocamentos até as agências e a reduzir os impactos da pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Requisitos como registros de documentos em cartório, entrega de notas fiscais e vistoria presencial das propriedades rurais estão temporariamente dispensados. As renovações das linhas de custeio agrícola e pecuária serão feitas de forma simplificada, mesmo nos contratos em que a possibilidade não estava inicialmente autorizada. O produtor também poderá alongar as operações de custeio sem apresentar à instituição financeira o comprovante de armazenamento do produto. O documento precisa ser guardado para apresentação posterior, quando solicitado.

Preço da soja

CASCAVEL/PR – 16-02-2011 – Colheita e plantação de soja no interior de Cascavel. Foto Jonas Oliveira

A valorização do dólar e as exportações aquecidas deram sustentação aos preços da soja em grão no mercado brasileiro em 2020. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em Paranaguá, a saca de 60 quilos foi cotada em R$ 104 na última quinta-feira, 20, uma alta de 4% no acumulado de abril. Em relação ao mesmo período de 2019, a soja está custando 39,6% mais neste ano. Com relação às exportações brasileiras, em abril, até a quarta semana, o Brasil embarcou, em média, 826,6 mil toneladas de soja em grão por dia, 84,6% mais que a média de igual mês do ano passado, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Para o curto prazo, a empresa afirma que o câmbio deverá seguir como principal fator de direcionamento das cotações da soja em grão no mercado brasileiro. Se o dólar subir, a soja tende a acompanhar as valorizações, e vice versa.

Cooperados da Cocamar
O percentual de antecipação de venda de soja futura – referente a safra 2020/21, a ser semeada a partir de setembro nas regiões atendidas pela Cocamar -, alcançou 30% no final de abril. Conforme o superintendente de Negócios da cooperativa, Anderson Bertolleti, o índice é significativo pois o histórico aponta que, nessa mesma época, ele tem ficado em torno de 3%. Segundo Bertolleti, a aceleração dos negócios espelha o momento de turbulência política e de preocupação da economia com os desdobramentos da pandemia do novo coronavírus. Por conta desses fatores houve, nas últimas semanas, forte desvalorização do real frente ao dólar. Ao mesmo tempo, o câmbio favorável tem levado os produtores a comercializar a safra recém-colhida. No final de abril, 75% dos volumes entregues pelos cooperados já haviam sido fixados, para uma média nos últimos anos de 50%.

Contas públicas
A queda de receitas e o aumento de gastos provocados pela pandemia do novo Coronavírus começam a impactar as contas públicas. Em março, governo federal, estados, municípios e estatais tiveram déficit primário de R$ 23,655 bilhões, divulgou na última quinta-feira o Banco Central (BC). O resultado é pior que o déficit de R$ 18,629 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. O déficit primário representa o resultado negativo do setor público (União, estados, municípios e estatais) desconsiderando os juros da dívida pública. Apesar da piora no mês passado, o resultado foi melhor que o de março de 2018, quando o déficit tinha atingido R$ 25,135 bilhões. No mês passado, o governo federal apresentou déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 21,38 bilhões, os estados e os municípios registraram resultado negativo de R$ 2,68 bilhões.

Usinas de cana

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Um quarto, ou 25%, das usinas de açúcar e álcool em operação no país corre o risco de fechar as portas até o fim do ano por causa da crise do covid-19, segundo especialistas. Sem capital de giro para pagar as contas de curto prazo, parte dessas empresas tem sido abatida pela forte queda de demanda pelo combustível. O caso foi ainda mais agravado pelo derretimento do preço do petróleo – a cotação do etanol tem como referência a gasolina. Com cerca de 350 usinas sucroalcooleiras em operação no país, o setor viu as cotações do álcool recuarem de R$ 2 para R$ 1,30 o litro (valor líquido) e a demanda cair mais do que 50%, diz União da Indústria da Cana-de-açúcar (Única). Grupos mais capitalizados têm fôlego para armazenar sua produção de etanol e até mudar a indústria – produzir mais açúcar para passar o momento mais agudo da crise.

Klabin avança

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Maior fabricante brasileira de papéis para embalagem e de embalagens de papelão ondulado, a Klabin registrou avanço de desempenho operacional ao longo do primeiro trimestre, mas a desvalorização de 29% do real frente ao dólar entre a abertura e o fechamento do intervalo provocou estragos na linha financeira, levando a companhia a registrar prejuízo líquido de R$ 3,17 bilhões, comparável a perda líquida de R$ 200,8 milhões um ano antes. De janeiro a março, o resultado financeiro líquido da Klabin ficou negativo em R$ 5,49 bilhões, contra R$ 375 milhões positivos no quarto trimestre, pressionado por perdas com variação cambial de R$ 3,43 bilhões, decorrente sobretudo do impacto da desvalorização cambial de 29% na dívida em moeda estrangeira.

Volvo celebra renovação

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Nos últimos quatro anos a capital do Paraná recebeu 517 novos ônibus, completando a renovação projetada pela atual administração municipal. Nas entregas de 2020, mais uma vez a Volvo foi uma das principais fornecedoras de veículos para o sistema de transporte da cidade, com 6 biarticulados, 13 articulados, 16 padron e 5 convencionais. “Voltamos a ter total hegemonia nos biarticulados, um veículo em que somos líderes absolutos na cidade e no mercado. Além disso, tivemos entregas expressivas em todo o segmento de veículos pesados, que inclui também articulados e ônibus padron”, segundo Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Buses Latin America. O sistema de transporte de Curitiba transporta 1,23 milhão de pessoas, em mais de 14,1 mil viagens diárias. Divididos entre 254 linhas, os 1.250 ônibus da cidade percorrem uma média diária 273 mil quilômetros.

Arroba do boi gordo

Abril foi marcado por severa queda de preços no mercado físico do boi gordo, refletindo a situação do atacado, de acordo com a consultoria Safras. “O corte traseiro foi o que mais sofreu diante da desaceleração do consumo, uma consequência direta do confinamento decretado por diversas prefeituras”, disse o analista Fernando Henrique Iglesias. A consultoria destaca que o fechamento de restaurantes, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos, uma medida de contenção para o novo coronavírus, afetou a demanda para os cortes considerados top de linha, com a população em geral dando preferência aos embutidos, congelados e, principalmente, à carne de frango e ovos, que têm preços mais acessíveis. Segundo ele, um alento para os pecuaristas e, principalmente, frigoríficos foi a manutenção de um ótimo nível de exportação para a China, fator que evitou quedas ainda mais consistentes tanto no preço da matéria-prima como no atacado.

Feira cancelada

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A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) anunciou o cancelamento da edição deste ano da Expozebu, principal feira pecuária do país, devido à pandemia do novo coronavírus. A edição deste ano, que seria a 86ª, deveria ter sido iniciada no último dia 25 de abril e terminaria no domingo, 3, em Uberaba (MG), mas já em 17 de março já estava adiada sem data prevista para a realização neste ano. De acordo com a diretoria da ABCZ, a decisão foi tomada em reunião dos diretores da entidade, e levou em consideração as orientações oficiais relativas ao cenário da pandemia do covid-19. A previsão para esta edição era atrair 300 mil pessoas e gerar R$ 250 milhões em faturamento.

Projeção de superávit
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central (BC), de superávit comercial de US$ 37,65 bilhões para US$ 42,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 34,10 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 35,50 bilhões para US$ 42,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 35,00 bilhões. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2020 ficará em US$ 33,5 bilhões. Esta projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em março. No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 39,60 bilhões para US$ 38,00 bilhões, ante US$ 52,34 bilhões de um mês antes.

Consumo de café

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A Organização Internacional do Café (OIC) projeta que o consumo mundial de café pode chegar a 197 milhões de sacas em 2030, com crescimento médio de 1,5% ao ano. Entre os destaques está a China, onde o consumo cresceu 16% ao ano na última década. As exportações para a China aumentaram mais de 110% de 2015 a 2019, impulsionadas pela popularidade do café entre os jovens urbanos do país asiático. Apesar do número de consumidores de café esteja aumentando rapidamente, o consumo per capita da bebida no país ainda está na fase inicial em relação aos países ocidentais.

Redação ADI-PR Curitiba  
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

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